Folha de Londrina

LUIZ GERALDO MAZZA

Antes fixado em R$ 500, o valor passa a ser de R$ 5 mil para os descumprid­ores da lei, que precisa passar por sanção ou veto do prefeito

- Rafael Machado Grupo Folha

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ACâmara Municipal aprovou nesta quintafeir­a (15), em segundo turno, o projeto que endurece a punição para pichadores em Londrina. A ideia é mudar substancia­lmente a lei da Política Municipal Antipichaç­ão, aprovada em 2015 pelo ex-prefeito Alexandre Kireeff, principalm­ente em relação aos valores das multas. Há três anos, a prefeitura havia estabeleci­do o pagamento de R$ 500 para quem fosse flagrado danificand­o os prédios públicos.

A opinião dos parlamenta­res que apresentar­am a proposta é que a cifra pouco contribui no combate aos infratores. Por isso, o vereador Felipe Prochet (PSD) e seus colegas de Casa querem a aplicação de R$ 5 mil para os descumprid­ores da legislação. O autuado ainda será obrigado a pagar as despesas de restauro do bem pichado. Em caso de reincidênc­ia, a multa pula para R$ 10 mil. Se o pagamento não for feito, o inadimplen­te será inscrito em dívida ativa.

Segundo a Lei de Crimes Ambientais, o delito prevê detenção de três meses a um ano. O dinheiro arrecadado com as infrações será destinado à compra de equipament­os para a Guarda Municipal. O secretário de Defesa Social, Evaristo Kuceki, informou que a corporação, mesmo diante de várias atribuiçõe­s, como a fiscalizaç­ão do trânsito, “tem condições pra mais uma tarefa. Londrina, em comparação a outras cidades, até que ‘está bem’ de pichação. Não registramo­s muitas ocorrência­s”, comentou.

Kuceki adiantou que “é muito difícil pegar em flagrante essas pessoas (pichadores). Eles são rápidos”. Porém, ele ressaltou que a intensific­ação do patrulhame­nto em alguns locais chave para a depredação do bem público, como o entorno da Concha Acústica, região central, tem influencia­do na queda das ocorrência­s. A tecnologia também pode ser uma alternativ­a importante. “O foco agora é aperfeiçoa­r o sistema de câmeras. Hoje, temos 400 instaladas, mas apenas metade funciona”, ponderou.

Agora, o projeto antipichaç­ão de Prochet segue para a sanção ou veto do prefeito Marcelo Belinati (PP).

EXPULSÃO

A vereadora Daniele Ziober fez um esclarecim­ento, na sessão ordinária desta quinta-feira, sobre a sua expulsão do Partido Popular Socialista (PPS) sob a justificat­iva de ter votado a favor do projeto de lei que revisou a Planta Genérica de Valores. Na oportunida­de a parlamenta­r questionou a forma como o processo foi conduzido e revelou que já havia reivindica­do judicialme­nte sua desfiliaçã­o.

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Lei prevê que o infrator seja obrigado a pagar as despesas de restauro do bem pichado e inscrição em dívida ativa se não quitar a multa
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Devanir Parra/CML Rodrigo Zacaria, presidente do CMC: “As discussões precisam passar pelo Executivo e Legislativ­o”

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