Os 62 anos de um aeroporto que precisa voltar a crescer
Foi em um 8 de abril, 62 anos atrás, que o Aeroporto de Londrina ganhava pavimentação e era alçado à posição de terceiro mais movimentado do Brasil entre o final da década de 1950 e início dos anos 1960. A data marca o aniversário do aeródromo, que cresceu nos tempos em que o Norte do Paraná se desenvolvia rapidamente, impulsionado pelas lavouras de café. O inverso aconteceu nos últimos anos, quando a crise econômica provocou retração no número de voos e passageiros. A FOLHA trouxe na edição do último fim de semana reportagem relembrando a história do aeroporto, com seus tempos de glória até as últimas décadas, marcadas pela reivindicação de melhorias, como a ampliação da pista de pouso e decolagem e a instalação do aparelho ILS1.
A reportagem lembrou que no dia da inauguração, a Vasp e a Real-Aerovias enviaram aeronaves que não podiam pousar em pistas não pavimentadas, os Saab Scandia (Vasp) e os Convair 340 (Real-Aerovias). Essas aeronaves, a partir dessa época, começaram a operar regularmente em Londrina. Durante os anos 50 e 60, os aviões comerciais que mais operavam em Londrina eram os Douglas DC-3. A Vasp também operava os Vickers Viscount e os Douglas DC-4, além dos DC-3. Em 1965, a Sadia, que depois virou a Transbrasil, começou a operar os bimotores turboélices Dart Herald, que no começo dos anos 1970 foram sendo substituídos pelos ingleses BAC One Eleven, os primeiros jatos comerciais a operar na cidade. Os One Eleven, por sua vez, foram substituídos pelos Boeing 727 em fins dos anos 70 e operaram até 1989.
O declínio na movimentação do aeroporto de Londrina se deu a partir de julho de 1975, quando a geada negra dizimou os cafezais da região. O movimento, no ano passado, foi de apenas 880 mil passageiros, o que corresponde a apenas 28% dos 3,1 milhões de passageiros que a infraestrutura atual possibilita receber depois da ampliação e inauguração da área de embarque de 400 m² para 1,2 mil m² em setembro do ano passado. O recorde de recebimento de passageiros aconteceu em 2014, quando o aeroporto recebeu 1.131.994 passageiros.
Ao mesmo tempo em que o aeroporto é um relexo do momento econômico do País, ele também é um fator de aceleração do desenvolvimento, contribuindo para melhorar a competitividade e a infraestrutura.