Paciente deve estar atento
Um dos aplicativos de abrangência nacional surgiu em Curitiba. O fundador da Doc Way, Fábio Tiepolo, contou que o aplicativo surgiu para facilitar o acesso às consultas, considerando a espera nos consultórios. “Os pacientes gostam de receber os médicos em casa e os profissionais conseguem observar o contexto familiar e os hábitos da família, isso faz com que a consulta seja mais completa”, argumentou. A startup surgiu em 2015 e atua nos principais municípios do Estado. Em Londrina, no entanto, poucos profissionais estão cadastrados para prestar serviços. Conforme Tiepolo, as exigências da nova regulamentação já são cumpridas pelos profissionais.
O coordenador médico da empresa e clínico geral Aier Adriano Costa realiza consultas por meio do aplicativo há dois anos e meio. O primeiro atendimento foi de um paciente acamado. “O atendimento domiciliar é bem importante para ver a realidade do paciente. Além disso, o bom do aplicativo é que você consegue programar a agenda médica e colocar o valor da consulta”, explicou. Alguns planos de saúde já aceitam reembolsar os valores gastos pelos usuários no atendimento.
Mesmo com a facilidade e a regulamentação do CFM, o paciente deve estar atento aos dados informados no aplicativo. O advogado Luciano Bueno Brandão, especialista em direito da saúde, ressaltou que a tecnologia também possibilita que os pacientes façam uma pesquisa prévia sobre o perfil do profissional antes de solicitar a consulta domiciliar. “É interessante que os pacientes procurem se informar se é um profissional inscrito no Conselho Regional justamente para evitar qualquer tipo de problema em relação ao atendimento em si. Todas as regras aplicadas na relação médico paciente continuam valendo. Hoje, com a regulamentação, vai haver uma segurança maior para ambos.” A regulamentação não prevê prazos para o cadastro das empresas junto aos conselhos regionais.
“Todas as regras aplicadas na relação médico paciente continuam valendo”