UEL escolhe novo reitor nesta quarta
Candidatos esperam participação estudantil; em 2014, menos de 30% da comunidade universitária foi às urnas
Aeleição que definirá o reitor da UEL (Universidade Estadual de Londrina) pelos próximos quatro anos está marcada para esta quarta-feira (11). Duas chapas participam da disputa para composição da nova reitoria, que terá mandato de quatro anos (2018-2022), com início marcado para 10 de junho. A chapa Supera UEL é composta pelo candidato Sérgio de Carvalho, professor Departamento de Economia e por seu postulante a vice, Décio Sabbatini, professor Departamento de Patologia, Análises Clínicas e Toxicológicas. A outra chapa, UEL: O Futuro é Agora, tem como candidato a reitor Ronaldo Baltar, professor do Departamento de Ciências Sociais, e Zilda Andrade (vice), professora do Departamento de Comunicação.
As urnas para votação estarão presentes em todos os centros da UEL, além de órgãos suplementares. A instituição recomenda que cada professor, aluno ou servidor vote em seus respectivos lugares de estudo ou trabalho. A Prefeitura do Campus e o HU (Hospital Universitário) serão os locais de votação que abrirão mais cedo, às 6h30 – os demais serão abertos apenas às 8h. O Ambulatório, o CCA (Centro de Ciências Agrárias), o CCB (Centro de Ciências Biológicas), o CCS (Centro de Ciências da Saúde), a Diretoria de Material e a Reitoria encerrarão a votação às 18h. Todos os demais locais mantém as urnas abertas até às 23h.
A presidente da Comissão Eleitoral é a professora Eliana Aparecida Silicz Bueno informa que o processo de apuração será realizado no CEFE (Centro de Educação Física e Esporte) logo após o término da votação. Segundo a presidente da Comissão Eleitoral, não há como determinar um prazo final para a finalização da contagem dos votos. Hoje, a comunidade universitária é formada por 19.500 estudantes de graduação e pós-graduação, 1.650 professores e 3.100 servidores técnicos. Podem votar docentes e servidores técnico-administrativos em pleno exercício de suas funções ou licença com vencimentos, assim como alunos de graduação e pós-graduação regularmente matriculados. Caso o eleitor pertença a mais de uma categoria, votará naquela de maior peso.
Os candidatos ao cargo esperam que os alunos participem do processo. O DCE (Diretório Central dos Estudantes) convocou uma assembleia estudantil para esta terça-feira (10), às 18h, mas ainda não definiu posicionamento oficial. As últimas eleições para a reitoria foram realizadas em 2014, ano de posse da atual reitora Berenice Quinzani Jordão, e do vice, Ludoviko Carnasciali dos Santos. Na ocasião, apenas 7 mil dos 24 mil eleitores aptos foram às urnas, totalizando 29% de participação entre alunos, professores e servidores. Na ocasião, houve o pedido pelo voto nulo aos estudantes.
“Os estudantes quase perderam o peso que eles têm hoje no processo eleitoral e é um desafio mostrar que eles estão dispostos a participarem do processo da construção democrática e a da manutenção da democracia na universidade. A eleição para reitor foi conquistada também pelo movimento estudantil, não é razoável não participar do processo. Eles podem tomar qualquer decisão, mas creio que seja muito boa a ida deles para as urnas”, afirmou Sérgio Carvalho.
O baixo número de participação é aparente nos dados disponibilizados pela comissão eleitoral da UEL. Nas últimas eleições, o CCS teve os docentes mais engajados nas urnas: 95 dos 312 votaram. A urna do CESA (Centro de Estudos Sociais Aplicados) foi quem mais recebeu votos de estudantes. Dos 4.882 eleitores dos sete cursos do centro, 797 votaram.
“O DCE apresentou no Conselho Universitário que não participaria das eleições, que não integrariam a comissão eleitoral pelo motivo deles, mas eu acho importante envolver os estudantes, criar questionamentos ao processo eleitoral, aproveitar o próprio momento para debater isso. Se ausentar do debate nunca será a melhor medida, eu não gostaria que isso acontecesse [a baixa participação estudantil]”, argumentou Ronaldo Baltar.