Folha de Londrina

LDOprojeta­R$ 50 milhões amenos noorçament­o do municípioe­m2019

Congelamen­to da alíquota do IPTU e redução da taxa de lixo contribuír­am para encolhimen­to; projeto da Lei de Diretrizes Orçamentár­ias está sob análise na Câmara

- Vitor Struck Reportagem Local

Com o projeto da LDO ( Lei de Diretrizes Orçamentár­ias) sob a análise das comissões específica­s da Câmara Municipal de Londrina, o que já se pode prever é que o orçamento do município deve ser menor no ano que vem em relação a este ano. A LDO é a lei que vai subsidiar e dar diretrizes para a elaboração da LOA (Lei Orçamentár­ia) de 2019, cujo prazo para ser encaminhad­a à Câmara é 31 de agosto.

O orçamento total do município projetado para 2019 é de R$ 2.053.458.000,00. O valor correspond­e a 2,38% a menos do que o orçamento projetado pela LOA de 2018, queédeR$ 2.103.625.000,00. Esta diferença correspond­e a R$ 50,1 milhões, sendo que R$ 49 milhões correspond­em a tributos, ou seja, o IPTU ( Imposto Predial e Territoria­l Urbano), ITBI (Imposto de Transmissã­o de Bens Imóveis), ISS (Imposto sobre o Serviço) e as taxas obrigatóri­as, como a de coleta de lixo.

A queda no orçamento projetado para 2019 já era esperada desde que o prefeito Marcelo Belinati (PP) decidiu congelar a alíquota do IPTU em 0,6% e aplicar umredutor na taxa de coleta de lixo depois de grande pressão da sociedade. Essas mudanças ainda dependem da aprovação dos vereadores, mas já serviram para embasar os cálculos da Secretaria de Planejamen­to, Orçamento e Tecnologia, que teve que refazer, também, o orçamento deste ano.

“Quando o orçamento de 2018 foi encaminhad­o para à Câmara, em agosto ( do ano passado) ainda estava em discussão a Planta Genérica de Valores ( PGV), então ele foi com a projeção de uma receita do projeto de lei original. Durante o processo de aprovação da Planta Genérica houve alterações e a alíquota para 2018 caiu de 0,8% para 0,6%, isso no final de setembro. Então não tivemos tempo hábil para fazer a alteração necessária na Lei Orçamentár­ia e no Plano Plurianual”, lembrou a secretária de Planejamen­to, Darling Maffato. ACIMA DO LIMITE

Mesmo assim, nas áreas da saúde e educação, segundo a secretária, a destinação deve continuar acima do que prevê o limite constituci­onal, de no mínimo 15% e 25% do orçamento dos municípios, respectiva­mente.

Em Londrina, uma lei municipal de 2015 faz uma adequação no Plano Municipal de Educação e determina um acréscimo de 0,5% ao ano no orçamento da educação até chegar em 30%. O ano que vem vai marcar o índice médio em relação ao que determina a Constituiç­ão e a meta, ou seja, 27,5% do orçamento municipal investidos na educação.

Na saúde, em 2018, devem ser destinados 23,7% do or- çamento. No ano que vem, a Prefeitura pretende deixar à disposição para investimen­tos um valor na ordem de R$ 121,7 milhões, sendo que neste ano este recurso vai girar em torno de R$ 200 milhões.

As comissões específica­s, em especial a de Justiça, Le- gislação e Redação e Finanças e Orçamento, bem como as demais, têm até 4 de maio para emitirem os pareceres técnicos.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil