No segundo dia em Teresópolis, Neymar vai a campo
Preparador de goleiros diz que atletas de Cruzeiro e Santos não foram chamados para a Copa porque havia opções “melhores”
O preparador de goleiros Taffarel garantiu que Alisson “está entre os melhores goleiros do mundo”, durante coletiva de imprensa em Teresópolis, nesta terça-feira (22), e justificou a opção por Cássio como terceiro arqueiro, no segundo dia de concentração do Brasil para a Copa do Mundo da Rússia.
O tetracampeão falou sobre a semelhança entre o titular da seleção brasileira e o alemão Manuel Neuer, considerado o melhor da posição até pouco tempo atrás, apesar da lesão que o deixou fora dos gramados desde setembro de 2017. “Até pouco tempo atrás, falávamos muito do Neuer. Depois de 2014, ele mostrou uma linha a ser seguida. O Alisson está entrando nessa mesma linha, esse tipo de jogo, segurança, jogo perfeito com os pés”, indicou Taffarel.
“Está entre os melhores do mundo, vem apresentando um grande crescimento... Vai ter essa vantagem de ser considerado o titular, mas depende dele mostrar isso até nossa estreia na Copa”, acrescentou.
Taffarel foi questionado pela escolha de Cássio como terceiro goleiro do grupo, uma das posições mantidas em aberto até os últimos momentos antes da convocação. “Chegamos no Cássio pela sequência que vem fazendo nos últimos anos. O Neto tem feito um campeonato muito bom na Espanha, mas teve pouco tempo com a gente. Pelos últimos anos, Cássio teve participações determinantes para co- locá-lo na lista”, indicou.
Ao ser questionado sobre as ausências de Vanderlei, do Santos, e Fábio, do Cruzeiro, ele rebateu. “Havia goleiros mais preparados do que ele (Fábio) para vir à seleção. Isso não quer dizer que um goleiro não seja bom, mas outro jogador da posição está um passo à frente. Infelizmente, acontece. Não que às vezes a gente não queira ser direto, mas tem goleiros melhores do que ele”, disse Taffarel, ao ser perguntado sobre a não convocação do atleta do time mineiro.
“Houve conversa, houve visita (a Vanderlei). Fui ver treinamentos, assisti a jogos. Talvez ele entre no quadro de bom goleiro, mas que talvez para seleção haja goleiros melhores. Talvez se tivesse tempo para trazê-lo aqui, poderia ter tido essa chance. Infelizmente não tem esse tempo”, afirmou o preparador de goleiros sobre o santista.
Rodrigo Maia, também preparador de goleiros da seleção, lembrou a evolução da posição e o aumento do número de arqueiros que usam os pés durante as partidas. “O número de participações do goleiro com os pés é muito elevado em comparação a décadas anteriores. É acionado muito com bolas recuadas, passes curtos de longa e média distância”, indicou. “Fui assistir a um jogo do Ederson em Manchester, ele tocou a bola com as mãos umas quatro ou cinco vezes, mas com os pés mais de 40”, acrescentou Taffarel.