Folha de Londrina

Apreensões de crack nas rodovias federais do PR aumentam 3.000%

No primeiro trimestre de 2018, PRF encontrou 241,1 quilos da droga, contra 8 quilos no mesmo período do ano anterior

- Simoni Saris Reportagem Local

As apreensões de drogas realizadas no primeiro trimestre de 2018 mais que triplicara­m no Paraná na comparação com igual período do ano passado, segundo balanço divulgado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal). Embora o volume de cocaína intercepta­do pelos policiais tenha baixado 80%, passando de 486,3 quilos para 92,9 quilos, o levantamen­to revela um aumento das apreensões de maconha e de crack. A quantidade de maconha confiscada nas estradas do Estado foi 278% maior, saltando de 4,2 toneladas no ano passado para 15,9 toneladas neste ano, mas é o volume de crack o dado que mais chama atenção, apontando alta de quase 3.000%. Entre janeiro e março de 2017, foram intercepta­dos 8 quilos da droga contra 241,1 quilos nos três primeiros meses deste ano.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a PRF no Estado afirma que o cresciment­o das apreensões é decorrente do comprometi­mento do efetivo e da experiênci­a dos policiais rodoviário­s federais que atuam nas regiões de fronteira do Estado, como Foz do Iguaçu, Cascavel e Guaíra, no Oeste, e Pato Branco, no Sudoeste. A PRF ressalta ainda que o Paraná, pela sua posição geográfica, funciona como rota para quadrilhas que atuam no crime organizado, tanto no contraband­o de cigarros quanto no tráfico de drogas. As cargas ilícitas, informou a corporação, abastecem não só os municípios paranaense­s, como os demais estados do Sul e os grandes centros da Região Sudeste do País: Rio de Janeiro e São Paulo.

Chefe do Núcleo de Comunicaçã­o e porta-voz da PRF no Paraná, Fernando Oliveira ponderou que três meses é um período de tempo “muito curto” para fazer uma avaliação ou afirmar que há uma tendência de aumento no tráfico ou apreensão de crack no Estado. “Às vezes, uma ou duas ocorrência­s (apreensões) pode desequilib­rar o balanço”, comentou. “No primeiro trimestre, o volume de cocaína apreendido foi pequeno, mas em abril, foram intercepta­das quase duas toneladas de cocaína na região de Cascavel, um carregamen­to grande, em uma ação conjunta com a Receita Federal”, explicou Oliveira.

A PRF destaca que tem feito investimen­tos cada vez maiores em ações de inteligênc­ia e em tecnologia e trabalhado para aprimorar a integração com outras forças policiais que atuam no Paraná.

A plataforma digital Observatór­io do Crack, hospedada no site da CNM (Confederaç­ão Nacional dos Municí-

pios), destaca que o Paraná é um estado que faz fronteira com a Argentina e o Paraguai, rotas conhecidas para escoamento do narcotráfi­co, tanto para o Brasil quanto para outros países. Este pode ser um dos motivos para o aumento das apreensões, ressaltou a entidade.

Quantidade de maconha confiscada pela PRF no Estado foi 278% maior

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PRF/Divulgação PRF ressalta que o Paraná, pela posição geográfica, funciona como rota para quadrilhas que atuam no crime organizado
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