Consumo aumenta entre população de rua
com alto nível de problema decorrente do consumo de crack, do qual fazem parte Congonhinhas e Sapopema, na Região Norte, Figueira e Curiúva, no Norte Pioneiro, Telêmaco Borba, Ventania, Piraí do Sul, Tibagi e Castro, nos Campos Gerais.
RECURSOS O observatório, por meio de sua assessoria de imprensa, frisa que ainda há muito a ser desenvolvido para que as ações de prevenção, tratamento e reinserção social dos dependentes químicos, especialmente usuários de crack, com drogas em cada município. Entre 342 cidades do Estado, 88 consideraram alto o nível de problema com o crack, 159 médio e 92 baixo. Sobre outras drogas, 92 relataram nível alto, 171 médio e 87 baixo.
ARMAS E CIGARROS Além do aumento do volume de drogas apreendido pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) no Paraná, cresceram também as apreensões de armas de fogo e munições no primeiro trimestre deste ano. As interceptações de armas
Embora os dados registrados no balanço das apreensões, quando analisados isoladamente, não sejam suficientes para indicar aumento no tráfico, como afirma a Polícia Rodoviária Federal, quem trabalha em programas de apoio na área da saúde ou da assistência social percebe uma elevação no número de dependentes químicos.
A Secretaria Municipal de Saúde não dispõe de um levantamento estatístico que permita contabilizar o número de usuários de drogas no município, mas ao menos entre os moradores de rua, o aumento do consumo de substâncias entorpecentes é visível, afirmou a coordenadora do CnaR (Consultório na Rua) e das Práticas Integrativas Complementares, Jucelei Pascoal Boaretto. O projeto foi criado em 2012 com o objetivo de levar até a população de rua os serviços ofertados nas unidades básicas de saúde.
Segundo dados cadastrados pela equipe do CnaR, até o final de abril, das 467 pessoas assistidas, 101 faziam uso de algum tipo de substância, seja álcool ou drogas. “Não temos um levantamento, mas a quantidade de usuários de drogas aumentou sensivelmente. A gente percebe que a droga tem ficado mais acessível, num âmbito geral, e as pessoas que estão nas ruas são mais suscetíveis”, disse Boaretto. “Por dia, atendemos no CnaR cerca de oito pessoas e a maioria delas é usuária de algum tipo de substância psicoativa.”
O Mapa do Crack, atualizado pelo Observatório do Crack, aponta que em Londrina o nível de problema com a droga é considerado médio, mas o município está bem próximo a um “corredor” formado por cidades sejam efetivas. O financiamento realizado pelo governo federal, afirmou a entidade, está “aquém das necessidades municipais”.
Em 2011, o governo federal lançou o programa Crack, é possível vencer, para atuar na prevenção, combate, reabilitação e reintegração social com a participação de vários grupos sociais. Para o programa, coordenado pelo Ministério da Justiça e que conta com a parceria de outras pastas, foram liberados R$ 44 milhões. As ações desenvolvidas pelo CnaR fazem parte do programa federal.
No último dia 25 de abril, o Ministério da Justiça lançou um novo projeto com o objetivo de acolher em comunidades terapêuticas cerca de 20 mil pessoas com transtornos decorrentes do uso, abuso ou dependência de drogas em todo o País. Além da Justiça, outras quatro pastas estão envolvidas na iniciativa para a qual foram assegurados mais de R$ 87 milhões em repasses às entidades credenciadas. O edital para seleção de instituições interessadas em habilitarem-se ao projeto já foi lançado.
(S.S.)