Manter Selic em 6,5% foi a ‘melhor decisão’
Brasília -
A manutenção da taxa básica de juros – a Selic – em 6,5% foi a “melhor decisão possível”. A informação consta da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), divulgada nesta terça (22).
A decisão, anunciada na semana passada, surpreendeu o mercado, que esperava por um corte de 0,25 ponto percentual na Selic, como indicado pelo Copom, na reunião anterior, em março.
Segundo a ata, os integrantes do Copom avaliaram a alternativa de reduzir a Selic em 0,25 ponto percentual para reduzir o risco de a inflação ficar abaixo da meta.
De acordo com o documento, alguns fatores pesaram a favor dessa alternativa, como o baixo nível de inflação e o ritmo gradual de recuperação da economia, com seu “arrefecimento recente”.
Entretanto, o Copom avaliou que seria melhor manter a taxa em 6,5% ao ano porque a alta do dólar reduziu as chances de a inflação permanecer abaixo da meta. A alta da moeda encarece produtos e insumos importados. “Isso tornou desnecessária a mitigação de risco de convergência demasiadamente lenta da inflação às metas. Pesando o cenário básico e o balanço de riscos, o comitê concluiu que a decisão de manter a taxa de juros no atual patamar era a mais apropriada”, afirmou o comitê, na ata.
A meta de inflação é 4,5% neste ano, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a meta é 4,25%. A estimativa do mercado é que a inflação fique em 3,50%, neste ano e em 4,01%, em 2019.
Brasil) (Agência