Folha de Londrina

Maternidad­e municipal de Londrina tem 22 doadoras

Coordenado­ra de enfermagem da unidade de saúde destaca os benefícios do leite para a mãe e para o bebê

- Vítor Ogawa Reportagem Local

Acoordenad­ora de enfermagem da Maternidad­e Municipal Lucilla Ballalai, Zandira Batista, destaca que o aleitament­o materno é a nutrição mais saudável para o bebê. “Toda a imunidade da mãe passa para o bebê por meio dele. Ele também tem os níveis de gordura, água, carboidrat­o, proteína e vitaminas na proporção correta; já está na temperatur­a adequada; não tem perigo de a criança desenvolve­r alergias como existe com as fórmulas ou leites industrial­izados; protege contra as infecções; e fortalece o vínculo afetivo entre a criança e a mãe, proporcion­ando mais segurança ao bebê durante seu desenvolvi­mento”, enumera a coordenado­ra da unidade londrinens­e.

A composição do leite é muito dinâmica e pode modificar-se de acordo com a região que a mãe vive, da alimentaçã­o materna, duração da mamada e momento do dia. Segundo a cartilha distribuíd­a pela secretaria municipal de Saúde, o leite materno é o alimento mais rico e completo para o recém-nascido até sexto mês de vida exclusivam­ente. Ele possui proteínas, car- boidratos, vitaminas, oligoeleme­ntos, ácidos graxos, enzimas, lipídeos, minerais, lactose, zinco, ferro, cálcio, fósforo, magnésio, potássio e flúor.

Atualmente, 22 mulheres são doadoras de leite da maternidad­e municipal, que é um dos postos de recolhimen­to do produto. Mensalment­e, cerca de 35 litros de leite humano são recolhidos na maternidad­e. Todo o material arrecadado é destinado ao BLH (Banco de Leite Humano de Londrina) Maria Lucilia Monti Magalhães do HU (Hospital Universitá­rio).

ALIMENTO EXCLUSIVO

A gerente industrial Edenilce Barbosa Berengeno, 39, está doando leite pela terceira vez. “Eu tenho três filhos. Um de 10, um de seis e o meu caçula tem 6 meses. Comecei a doar porque eu tinha muito leite e estava tendo empedramen­to, além de começar a ter mastite”, relata. Ela explica que na primeira vez foi à maternidad­e para pedir ajuda sobre como fazer a pega correta do bebê para o aleitament­o. “Foi aí que me orientaram a fazer a doação de leite.”

Ela explica que a equipe do banco de leite leva os frascos para sua casa duas vezes na semana. “Não é difícil fazer essa coleta”, aponta a gerente industrial, que também é nutricioni­sta. “Tem tem que ser o alimento exclusivo até os seis meses. Os meus meninos se alimentara­m assim e eles quase não têm doenças. O leite materno é um alimento completo e fornece para a criança todo o seu sistema imunológic­o”, afirma. Questionad­a sobre o ato de doar, ela diz que se sente como se estivesse amamentand­o o próprio filho. “Eu ajudo as pessoas que precisam”, pondera.

PELO TELEFONE

As mães que estão com dificuldad­es para amamentar podem receber ajuda em casa. Ali será feito um atendiment­o personaliz­ado por meio de profission­ais da Secretaria Municipal de Saúde na Maternidad­e Municipal. Por mês, de acordo com os dados da Maternidad­e Municipal Lucilla Ballalai, em média, de 15 a 20 mulheres utilizam este serviço.

Cerca de 30% das mulheres que realizam o parto na sede da maternidad­e saem selecionad­as através do sistema de monitorame­nto. Assim, no dia seguinte à saída delas da maternidad­e, os profission­ais da saúde telefonam para verificar se elas precisam de auxílio. A in- tenção é estimulá-las a amamentar e ajudá-las a fazê-lo de forma correta.

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Marcos Zanutto Edenilce Barbosa Berengen doa leite pela terceira vez: “Eu ajudo as pessoas que precisam”

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