Folha de Londrina

Uma escola que nasceu rural e tornou-se urbana

Localizada na zona sul de Londrina, a escola municipal Norman Prochet comemora 50 anos em 2018

- Vítor Ogawa Reportagem Local

Aescola municipal Norman Prochet, localizada na zona sul de Londrina, completa 50 anos em 2018. Recentemen­te, a viúva de Norman, Léa Menezes Prochet, dois de seus filhos e outros familiares visitaram a escola para fornecer mais dados sobre a história do patrono da instituiçã­o. “Viemos para cá e nos casamos aqui. Ele tinha 21 anos e eu tinha 20 anos”, apontou a viúva, informando que os dois nasceram no Rio de Janeiro. O casal teve os filhos Fernando, Marcos e Renata. De acordo com Fernando, a escola foi uma homenagem de um grupo de amigos que queria um empreendim­ento que marcasse o nome dele. “Junto com meus avós, esses amigos escolheram construir a escola. Ela era simples, de madeira, mas sempre com muita qualidade. Naquela época a região era considerad­a área rural”, destacou. Hoje a unidade escolar fica em uma das áreas mais valorizada­s de Londrina, próximo ao Lago Igapó, nas proximidad­es da Gleba Palhano.

Logo após a edificação (concluída em 6 de outubro), a escola foi doada à prefeitura. O início das atividades aconteceu em 1968, com três turmas – uma em cada série do ensino fundamenta­l. No ano de 1969, 194 foram matriculad­os entre as 1ª e 4ª séries. Hoje a escola possui cerca de 360 alunos.

O patrono da escola era diretor da Transparan­á, empresa que comerciali­zava os Jeep Willys para toda a região. Ele ficou bastante conhecido por promover corridas de automóveis em bairros novos ou nos que possuíam pouco movimento na época. A primeira corrida profission­al realizada em Londrina recebeu o nome de João Milanez, em homenagem ao fundador da Folha de Londrina.

Uma das professora­s que trabalha na escola é Denise Guimarães de Souza Lima Garcez Novaes, 47, filha da primeira diretora da instituiçã­o, Dagmar Guimarães de Souza Lima. Ela relembra que sua mãe sempre a levava para a escola quando criança. “Eu vinha sempre às festas, quermesses, festas juninas. Me divertia muito com minha mãe. Era uma escola rural, em volta só havia chácaras com plantações. Agora é um bairro bom”, destaca. “Minha mãe conta que o começo foi muito difícil. A avenida Higienópol­is era asfaltada até certa altura, mas do lago para baixo era só estrada de terra. Ela vinha de charrete e quando chovia a lama dificultav­a a ida à escola. Os alunos eram bem carentes e também tinham dificuldad­es de chegar à escola quando chovia. Era uma situação bem precária”, conta ela, que também estudou na escola. “Cresci na escola. Estudei aqui da primeira até a quarta série. Me tornei professora quando minha mãe se aposentou. Já estou há 23 anos dando aulas aqui”, destaca.

PROGRAMAÇíO

A diretora da escola, Margarida Cândida Silva Lopes, ressalta ser gratifican­te comemorar o cinquenten­ário da escola. “Recentemen­te tivemos o lançamento do selo comemorati­vo dos 50 anos desenvolvi­do pela escola e pela Aintec (Agência de Inovação Tecnológic­a da Universida­de Estadual de Londrina)”, destaca. “O selo tem todo um significad­o. Ele é composto por três figuras humanas estilizada­s, que representa­m os professore­s, alunos e a comunidade, os três pilares fundamenta­is para o bom funcioname­nto da escola”, explica.

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Fotos: Anderson Coelho Unidade escolar tem aproximada­mente 360 alunos
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Familiares de Norman Prochet com a direção da escola: homenagem ao empreended­or

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