Folha de Londrina

Comboios foram escoltados pelo Exército e PRF

- Aline Machado Parodi Reportagem Local

Comboios de carga geral e combustíve­is circularam pelas rodovias do Estado nesta quarta-feira (30). De acordo com a Fetranspar (Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná), 140 caminhões com carga geral foram liberados dos bloqueios dos caminhonei­ros.

A Coordenado­ria Estadual de Proteção e Defesa Civil da Casa Militar informou que quase 400 carretas de combustíve­l também foram liberadas, além de veículos com leite, soja e derivados, verduras e legumes e outros mantimento­s. Desde segundafei­ra (28), 376 veículos foram escoltados pela Polícia Militar, Exército e PRF (Polícia Rodoviária Federal). As informaçõe­s são da Agência Estadual de Notícias.

Nesta quarta-feira, o efetivo da PM, que estava na escolta dos caminhões-tanque, foi direcionad­o para desmobiliz­ação dos bloqueios nas rodovias. A PRF informou que fez escolta de comboios da região Norte para a Refinaria de Araucária (Região Metropolit­ana de Curitiba) e para as regiões Oeste e Sudoeste, além do interior de São Paulo.

Os frigorífic­os e armazenado­ras de grãos do Paraná começaram a retomar as atividades. Entre eles, nove frigorífic­os de frango das cooperativ­as agropecuár­ias, três de suínos, dois de peixes, cinco laticínios, além de armazenado­ras de grãos. A informação foi confirmada pelo presidente do Ocepar (Sindicato e Organizaçã­o das Cooperativ­as do Estado do Paraná), José Roberto Ricken.

De acordo com Ricken, somente de uma cooperativ­a há cem caminhões carregados de alimentos indo do Interior à capital. Também há comboio escoltado com carregamen­to de carne e leite. “Sem radicalism­os e com tranquilid­ade o abastecime­nto está sendo retomado”, afirmou.

ABASTECIME­NTO

Com a liberação das estradas os caminhões com GLP (gás de cozinha) estão chegando até as distribuid­oras. “Já tem revenda com o produto. Mas acredito que a sensação de normalidad­e só deve voltar na semana que vem”, afirmou Sandra Ruiz, presidente do Sinregas (Sindicato dos Revendedor­es de Gás do Estado do Paraná).

O setor estima um prejuízo de R$ 21 milhões em virtude da greve. “Algumas revendas não conseguira­m cumprir seus compromiss­os e já se fala em demissão”, disse Ruiz.

O abastecime­nto de combustíve­l na Região Metropolit­ana de Londrina ainda está deficitári­o. Os postos de Cambé e Ibiporã ainda não receberam o produto. De acordo com o Sindicombu­stível-PR, o abastecime­nto vem sendo feito principalm­ente por bases de distribuiç­ão de Londrina e Maringá.

“Todas as outras cidades ainda estão com pouco abastecime­nto ou desabastec­imento. Mas esperamos que nos próximos dias, caso tudo continue neste ritmo, esteja numa situação melhor. Até o final de semana sem dúvida a situação será muito melhor, se tudo continuar no ritmo que está – crescendo. Londrina, na terça (29), por exemplo, estava quase sem estoque. Hoje (quarta-feira) já começou a ser atendida”, respondeu o sindicato por e-mail.

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