Obras avançam lentamente
As obras contínuas de duplicação só começam no distrito de Alto do Amparo, em Tibagi, 200 quilômetros depois de Londrina. No cruzamento de outra estrada, que leva ao distrito de São Bento, ocorre a maior obra em andamento na rodovia. Operários trabalham em uma grande trincheira.
O comerciante Bruno Miranda, 26, se entusiasma com as melhorias e a com a facilidade de se deslocar para Tibagi e Imbaú. “Pra gente que tem comércio na beira da pista atrapalha um pouco, mas é como dizem, não tem como parar o progresso. O que esperamos é que as obras não excedam o prazo, porque aí sim atrapalha bastante”, comenta. O prazo para o término das obras na trincheira é de um ano.
Nos 20 quilômetros seguintes, a rodovia torna-se um canteiro de obras. Paredões de pedras dinamitados mostram o traçado da nova pista que, em outros trechos já está bem delimitada. “A gente até entende que é uma obra de grande porte, mas não pode demorar tanto assim”, lamenta Maurício Aleixo, 35. Nos quilômetros seguintes, o motorista, enfim, encontra a pista duplicada, já próximo a Ponta Grossa.
VALOR DOS PEDÁGIOS
José Mario Piloto, 45, dirige caminhão há 25 anos. Para ele, a duplicação da BR-376 se tornou uma “novela sem fim”. “Chego a fazer cinco viagens por mês de ida e volta por esta rodovia. Além de ter um grande trecho de pista simples em Londrina e Curitiba, o pedágio é um absurdo, não condiz com a realidade.
Chego a pagar R$ 520 por viagem. No Estado de São Paulo andamos por pistas duplicadas por um preço mais acessível”, compara. Já o caminhoneiro José Luz da Costa, 33, de Maringá, utiliza a rodovia com menos frequência, mas também faz críticas. “A ligação entre a capital e as duas maiores cidades do interior tem de ser duplicada logo”, cobra.