Folha de Londrina

Trecho de 90 km pode ficar de fora

- Isabela Fleischman­n Reportagem Local

O deputado estadual Tercilio Turini (PPS) explica que em 2016 foi criada a Frente Parlamenta­r Contra a Prorrogaçã­o dos Contratos de Pedágio, cujo objetivo era evitar que os altos pedágios, “lesivos ao povo do Paraná”, fossem prorrogado­s por longos períodos, além do acompanham­ento de projetos que estão parados. “Muitas obras foram tiradas do mandato do ex-governador Jaime Lerner. As que sobraram foram jogadas para o final do contrato”, expõe.

Segundo Turini, há dois meses surgiu um rumor de que um trecho da Rodovia do Café que liga Apucarana até Ponta Grossa não seria duplicado. “Sempre tivemos informaçõe­s de que era obrigação da concession­ária fazer a duplicação plena”, alega. Ele pediu informaçõe­s ao DER (Departamen­to de Estradas e Rodagem), alegando que 70 quilômetro­s não passariam pelas obras. Para a surpresa do deputado, o DER confirmou que 90 quilômetro­s seriam deixados de fora da duplicação. “Ora, se nós estamos pagando há mais de 20 anos para uma obra que foi jogada para o final do contrato - e que era para duplicar na totalidade - e agora estão dizendo que 90 quilômetro­s não serão duplicados, tem alguma coisa errada”, indigna-se.

De acordo com o DER, “em relação aos segmentos previstos em pista simples, não há previsão de incluí-los no programa de concessão que se encerra em 2021, na etapa de duplicação. Tal inclusão requer o aporte de mais investimen­to do que está previsto no programa vigente, sendo que o impacto deste montante, demandaria incremento da tarifa de pedágio ou prorrogaçã­o do contrato de concessão”.

Turini disse ainda que vai procurar o Ministério Público e o DER para cobrar explicaçõe­s. “Eles vêm com essa história de que o recurso que estava programado naquele período de quase 21 anos atrás não é suficiente para fazer as obras. A população do Paraná não vai aceitar isso”, declara.

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