Folha de Londrina

Semsurpres­as, Copommanté­m taxa básica de jurosem6,5%

- Agência Estado

Após surpreende­r em sua última reunião, em maio, o Banco Central agiu de acordo com as expectativ­as do mercado e decidiu manter a taxa básica de juros da economia brasileira em 6,50% ao ano na reunião desta quarta- feira, 20. Esta é a segunda manutenção consecutiv­a da taxa após 12 cortes seguidos, realizados desde outubro de 2016.

O anúncio do Copom (Comitê de Política Monetária) veio em meio a um cenário adverso para as economias emergentes com a valorizaçã­o mundial do dólar. Para evitar crises cambiais, Argentina e Turquia precisaram elevar suas taxas de juros nos últimos meses para conter a saída de divisas do país. Havia o receio de que o Banco Central precisasse adotar uma medida similar para conter a desvaloriz­ação do real.

No entanto, amparado por um quadro confortáve­l nas contas externas, pela recuperaçã­o lenta da economia e pela inflação abaixo do centro da meta, o Brasil tem atravessad­o o período de cenário internacio­nal adverso a economias emergentes sem recorrer ao aumento de juros. No dia 8 de junho, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, chegou a afirmar que a política monetária não seria utilizada para controlar a taxa de câmbio. culta a leitura” da evolução da economia brasileira, reconhece o Banco Central. Apesar dessa dificuldad­e, os diretores do BC admitem que omovimento que afetou a economia por vários dias seguidos resulta em recuperaçã­o da atividade em“ritmo mais gradual”. Na inflação, a autoridade monetária reconhece que omovimento grevista deve resultar em “efeitos altistas significat­ivos e temporário­s” nos preços.

O comunicado da reunião desta quarta- feira ( 20) do Comitê de Política Monetária ( Copom) avalia que a “paralisaçã­o no setor de transporte de cargas no mês de maio dificulta a leitura da evolução recente da atividade econômica”. Antes do protesto, emabril, os indicadore­s sugeriam “atividade

Para as próximas reuniões do Copom a curva de juro a termo, demonstraç­ão gráfica de como o mercado prevê a dinâmica da taxa de juros, aponta para o início de um ciclo de altas na taxa Selic.

De acordo com cálculos do banco Haitong, para a reunião de agosto, há 100% de chance de alta de 0,25pp. Nos encontros seguintes do comitê, há possibilid­ade maior de aumento de 0,50 pp da Selic em setembro; mais 0,50pp para outubro; e 0,50pp em dezembro.

Na pesquisa Focus divulgada nesta semana, os economista­s do mercado financeiro, no entanto, esperam pela manutenção da Selic em 6,50% até maio de 2019, quando poderia ser elevada de 6,50% para 6,75% ao ano.

As datas das próximas decisões do Copom são 1 º de agosto, 19 de setembro, 31 de outubro, 12 de dezembro.

Brasília - EFEITO CAMINHONEI­ROS A greve dos caminhonei­ros, ocorrida em maio, “difi- mais consistent­e que nos meses anteriores”, cita o documento. “Entretanto, indicadore­s referentes a maio e, possivelme­nte, junho deverão refletir os efeitos da referida paralisaçã­o”.

CICLO DE ALTAS BC ressalta que próximos passos continuarã­o dependendo da atividade econômica

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