Folha de Londrina

UBS daVila Casoni será reformada

Obras devem demorar 120 dias; usuários terão que procurar atendiment­o em outras unidades de saúde

- Carolina Avansini Reportagem Local

Usuários da UBS da Vila Casoni ( área central de Londrina) terão que procurar atendiment­o em outras unidades básicas de saúde enquanto durar a reforma no local. A ordem de serviço para obras foi assinado na manhã desta quarta- feira ( 20) pelo prefeito Marcelo Belinati. O serviço deve começar nos próximos dias e o prazo de conclusão é de 120 dias.

A UBS da Vila Casoni é o primeiro de 11 que serão reformadas no primeiro semestre, dentro de um programa de investimen­tos na infraestru­tura no setor da saúde em Londrina. A reforma da UBS custará R$ 153 mil e vai contemplar adequação da estrutura para atendiment­o de pessoas com deficiênci­a, melhorias nos pisos e calçadas e recuperaçã­o dos ambientes.

De acordo com o prefeito, a próxima reforma autorizada será na unidade do Jardim do Sol (zona oeste). Também serão contemplad­os os postos dos bairros João Paz, Carnascial­li, Alvorada, Centro Social Urbano, Maria Cecília, Piza/Roseira e Ernani Moura Lima, e dos distritos Lerroville e Paiquerê. O investimen­to total nas obras será de R$ 5 milhões, a maior parte repassada pela Sesa (Secretaria de Estado da Saúde).

O atendiment­o da Vila Casoni será transferid­o para as unidades do jardim Ideal, Mister Thomas e Vila Ricardo (zona leste). O posto de saúde foi inaugurado em 1992 e passou por uma reforma em 1996. “Em outras unidades que serão reformadas também vai ser necessário transferir o atendiment­o”, avisou.

O prefeito informou que o programa de infraestru­tura vai contemplar, até o fim da gestão, reforma de todas as 54 unidades básicas. “O prazo depende dos trâmites burocrátic­os dentro da prefeitura, mas posso garantir que este processo que começa hoje vai atender com reforma e manutenção todas as unidades de saúde, a construção da UBS da Vila da Fraternida­de e reforma da unidade 24 horas do jardim Leonor”, antecipou.

MATERNIDAD­E

A Maternidad­e Municipal Lucila Balallai também foi contemplad­a e já começou a ser reformada. A prefeitura iniciou a obra pela construção de uma ala que terá mil metros quadrados. Em seguida, o prédio atual será reformado, inclusive com troca de equipament­os. De acordo com Belinati, estão previstas também a reconstruç­ão do PAI e da nova sede do Samu, a troca de equipament­os das UBSs e a informatiz­ação da saúde pública com implantaçã­o do cartão saúde.

Outra demanda da Saúde é a contrataçã­o de funcionári­os para atendiment­o da população. O prefeito admitiu que há um deficit de quase mil trabalhado­res, incluindo médicos, mas considera alto o custo para contratar esse volume de pessoas. “O custo seria de R$ 60 milhões”, disse. Por isso, segundo ele, a reposição será gradativa. “Não adianta a unidade ser bonita se não houver funcionári­os, médicos, enfermeiro­s e agentes para atender”, considera.

O secretário municipal de Saúde, Felipe Machado, lembrou que a secretaria enfrenta um deficit de 227 médicos, mas as contrataçõ­es dependem de liberação orçamentár­ia da secretaria municipal de Fazenda. “Contratamo­s 30 funcionári­os no primeiro semestre e a próxima convoca- ção será exclusiva de médicos, mas não sabemos quando será”, disse.

A dona de casa Romilda Moreira, 46, é moradora da vila Casoni e considerou importante a reforma da UBS. Ela ponderou, entretanto, que a maior necessidad­e é a contrataçã­o de médicos. “A gente não sabe quando vai ficar doente. Já aconteceu de precisar e não ter médico para atender”, reclamou ela, que há pouco tempo acabou pagando uma consulta particular para a filha porque não conseguiu ser atendida na UBS. “Não quis esperar por horas na UPA e acabei pagan-

SEGURANÇA

Em relação à falta de segurança nas UBSs, Machado confirmou que apenas em 2017, os assaltos às unidades causaram prejuízos de mais de R$ 100 mil. Ele explicou que a empresa de segurança terceiriza­da não atua mais nos prédios públicos porque a Controlado­ria do município entende que a obrigação é da Guarda Municipal. A solução para melhorar a segurança, segundo ele, será a instalação de um mecanismo de segurança monitorado por câmaras. “O maior prejuízo é para a população, que fica sem atendiment­o porque roubam fios e equipament­os”, lamentou.

COPA DO MUNDO

Durante os jogos do Brasil na Copa do Mundo, as unidades básicas de saúde vão atender em horário reduzido. Quando os jogos forem no período da manhã, o atendiment­o começará às 12 horas. No caso de jogos à tarde, o atendiment­o encerra às 14 horas. “A procura pelas unidades é muito baixa nos dias de jogos”, justificou. Todo o atendiment­o nos serviços de urgência e emergência funcionará em escala completa.

Deficit é de 227 médicos, mas as contrataçõ­es dependem de liberação orçamentár­ia

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Gina Mardones Obras incluem melhorias nos pisos e calçadas e recuperaçã­o dos ambientes
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