Folha de Londrina

Cambé vai retomar serviço de ZonaVerde

Estacionam­ento rotativo nas ruas centrais será responsabi­lidade da Epesmel; serão oferecidas 1.700 vagas

- Matheus Camargo Estagiário Ricardo Chicarelli

Cambé – o serviço de estacionam­ento rotativo em Cambé ( Região Metropolit­ana de Londrina) será reativado após cinco anos. A prefeitura municipal divulgou no dia 15 a classifica­ção do edital para o início da fase de testes com os parquímetr­os. Foi classifica­da para gerenciar a Zona Verde a Epesmel (Escola Profission­al e Social do Menor de Londrina (Epesmel), entidade que também presta o serviço em Londrina. Os parquímetr­os devem entrar em funcioname­nto dentro de um mês, tempo previsto para a instituiçã­o finalizar as instalaçõe­s. Os testes serão feitos em 20 vagas e a operaciona­lidade será analisada pela Comissão de Licitações de Cambé.

“Mesmo que tenha ficado sem [funcionar] durante todo esse tempo, o processo da Zona Verde nunca ficou parado. A administra­ção anterior iniciou um processo licitatóri­o que acabou não chegando no fim por problemas na documentaç­ão. O processo prevê que será uma concessão de dez anos”, explicou o responsáve­l pelo Departamen­to de Trânsito da cidade, Fausto Anami. A Epesmel preferiu não se manifestar enquanto o processo não for finalizado.

“Existe esse conflito de veículos nas vias públicas em todos os lugares do Brasil. Quando tem áreas comerciais bastante frequentad­as, como são os centros da cidades, inclusive de Cambé, isso acontece”, afirmou Anami. “Se você não tiver uma regra, têm pessoas que chegam de manhã, estacionam e só saem a tarde. É por isso que existe a necessidad­e do controle, porque várias pessoas precisam acessar lugares coletivos como bancos e comércios no geral”, acrescento­u.

Quem precisa realizar serviços de maneira rápida nas regiões mais movimentad­as gostou da notícia. “Eu acho que passou da hora de ser reimplanta­do, o serviço já existia. Aqui (na rua) ficam essas pessoas que ficam cobrando da gente. Outro dia riscaram o carro da minha mulher porque ela não tinha um real para dar para ele”, afirmou o engenheiro Onofre Soares Sobrinho, se referindo aos “flanelinha­s” que cuidam dos carros na região central.

A reimplanta­ção da Zona Verde tratará justamente de coibir o trabalho dos cuidadores de carros, que já dominam o centro da cidade. “Estou aqui há dois anos e meio por conta própria cuidando de carros. Eles [ as pessoas que passam pelo local] têm confiança em mim, todo mundo me conhece. Eu estou um pouco ansioso, não sei o que vou fazer depois (quando a Zona Verde voltar), já deixei tudo nas mãos de Deus”, afirmou Fábio Pereira Rodrigues, 35.

Não são apenas os cuidadores de carros que encontrara­m pontos negativos na volta do serviço. Mesmo que a reativação da Zona Verde possa beneficiar o comércio, nem todos os lojistas concordam. “Seria válido se nós, como comerciant­es, tivéssemos uma alternativ­a para estacionar-

mos também. É um pró para os clientes, que agora têm como estacionar­em de maneira mais rápida, mas é um contra para nós, que ficamos sem opção para pararmos nossos carros”, afirmou Cláudia Tukasaki, proprietár­ia de uma joalheria no centro.

ABRANGÊNCI­A

Além de toda a área central de Cambé, as avenidas Brasil, Esperança, Roberto Conceição, Gabriel Freiceiro de Miranda e José Afonso dos Santos também devem receber a Zona Verde assim que os testes forem aprovados e o processo for finalizado. Segundo o Departamen­to de Trânsito, serão 1.729 vagas, sendo 249 para permanênci­a de quatro horas e 1.480 para permanênci­a de duas horas.

O sistema de pagamento será feito através de parquímetr­os, com a tarifa de R$ 1,70 a hora, podendo ser feito através de cédulas, moedas ou cartões de crédito e débito. Os condutores de motociclet­as terão lugares próprios para estacionar e serão isentos de tarifa.

Em caso do não pagamento da tarifa, o motorista será notificado pela gerenciado­ra do estacionam­ento para realizar o pagamento em até 24 horas, sob pena de multa de acordo com o Código Brasileiro de Trânsito.

Supervisão: Lucilia Okamura – editora Cidades

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Serviço está desativado há cerca de cinco anos; parquímetr­os devem entrar em funcioname­nto em um mês
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Gustavo Carneiro Valor arrecadado é usado para a manutenção do serviço e para as atividades sociais da Epesmel

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