Pré-candidata do PcdoB propõe reforma do Estado
Para a candidata do PCdoB, Previdência deve combinar idade mínima e reduÁão de jornada dos trabalhadores
“OEstado brasileiro precisa de uma reforma profunda para aumentar sua capacidade de promover com eficiência e eficácia o desenvolvimento nacional, removendo inconsistências e entraves burocráticos que bloqueiam esse desenvolvimento.” A declaração é da pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela D’Ávila.
Ela defende uma reforma da Previdência para recuperar a capacidade de financiamento público no Brasil, “preservando o direito das pessoas terem uma vida digna após deixar o mercado de trabalho”. “O sistema terá de se adequar à transição demográfica em curso no País. E uma linha possível de enfrentamento da questão poderia ser encaminhar a alteração das idades mínimas para aposentadoria junto com a redução da jornada dos trabalhadores ativos”, propõe.
Para ela, o controle da inflação deve ser combinado com metas de geração de emprego. “O fundamental é aumentar a capacidade produtiva da economia nacional para ampliar a oferta de bens e reduzir preços”, diz a candidata.
Um governo da Manuela não se descuidaria da questão fiscal. “É necessário recompor o equilíbrio das finanças públicas para para gerar superavits que diminuam o endividamento do Estado e ampliem sua capacidade de investimento de forma sustentada”, argumenta.
A pré-candidata se mostra realista em relação ao prazo para se atingir um superavit. “Será necessário um período de transição para viabilizar esse equilíbrio, durante o qual será necessária a adoção de medidas emergenciais. O tempo dessa transição dependerá da profundidade das medidas a serem pactuadas com o Congresso Nacional”, diz ela.
Manuela acredita que a relação dívida/PIB (Produto Interno Bruto) deve ser “diminuída para que o Estado brasileiro possa recompor sua capacidade de investimento de forma sustentada e duradoura”.
Mas o câmbio não deveria ser totalmente flutuante como manda a ortodoxia econômica. “O Estado deve assegurar uma taxa de câmbio que promova a competitividade das empresas nacionais nos mercados interno e externo”, declara.
Leia amanhã entrevista com o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin.