APÓS RECESSO
Com convenções chegando ao fim, parlamentares esperam “reorganização de forças” na AL
Retorno de deputados à Assembleia Legislativa, hoje, terá posse de Wilson Quinteiro, que substitui Bernardo Ribas Carli
Curitiba
- Depois de três semanas, os deputados estaduais voltam a se reunir em plenário nesta quarta-feira (1º), às 14h30. O retorno aos trabalhos será marcado pela posse de Wilson Quinteiro (PSDB), de 47 anos, em substituição a Bernardo Ribas Carli (PSDB), que morreu em um acidente aéreo na manhã de 22 de julho. O político de Maringá (Norte do Estado) recebeu 41.195 votos nas eleições de 2014, quando ainda pertencia aos quadros do PSB. Acabou como suplente da coligação, que tinha ainda PSDB, DEM, Pros e PHS.
Advogado especialista em Direito do Consumidor e Direito Eleitoral, Quinteiro já exerceu mandato na AL (Assembleia Legislativa) do Paraná em duas oportunidades, entre 2009 e 2010 e entre 2013 e 2014. Também ocupou os cargos de diretor de Operações do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) e de presidente da Paraná Previdência. Dessa vez, ficará pouco mais de quatro meses na função, uma vez que a Legislatura se encerra em dezembro. Isso, claro, se não se eleger novamente em outubro, voltando à Casa no ano seguinte.
A expectativa, aliás, é de que o pleito acabe pautando os debates nos próximos meses. De acordo com o líder do governo Cida Borghetti (PP) no Legislativo, Pedro Lupion (DEM), não há votações importantes programadas. “Passadas as convenções [até 5 de agosto], a tendência é de que se polarize o debate, na questão política. Imagino que haverá a reorganização das forças aqui dentro e vamos tentar ao máximo manter a governabilidade”, contou. O prazo para que os partidos definam seus candidatos se encerra no próximo fim de semana. As chapas serão homologadas no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) em 15 de agosto.
A pré-candidata à reeleição, que detinha maioria dentre os 54 membros da AL, agora terá a “concorrência” de Ratinho Jr. (PSD), um de seus adversários na disputa. Além do PSD, a coligação do filho do apresentador de televisão Carlos Massa já conta com PSC, PR, PV, PRB, PHS e Avante. Cida, por sua vez, tem os apoios de PMB, Pros e PMN, devendo angariar ainda o PSB, o PTB e o PSDB. “As forças começam a se aglutinar em torno do que é aprovado em convenção. Os deputados ligados a cada partido fazem os jogos dos seus candidatos e a governabilidade dificulta muito. O debate vai girar mais em torno da questão política e ideológica”, completou Lupion.
Outros nomes na corrida ao Palácio Iguaçu, como Osmar Dias (PDT) e Dr. Rosinha (PT), também possuem representantes no Parlamento. Ex-líder da situação, na gestão de Beto Richa (PSDB), Luiz Cláudio Romanelli (PSB) falou à FOLHA que acredita num ambiente “contaminado pela eleição”. “Acho que a semana, com os fechamentos das coligações e todos os tencionamentos que estamos vendo, vai ser intensa e tensa”, opinou.