Integração cria ambiente propício
Na visão do presidente do Grupo Salus, João Santilli, Londrina está na rota da inovação na saúde devido ao trabalho que está sendo realizado pelo Salus e outros atores na integração do segmento com outros setores produtivos, academia, instituições e entidades. “Londrina vive um ambiente altamente propício de desenvolvimento de produtos inovadores e integração de diversos setores do setor produtivo. Dessa integração é que nascem essas possibilidades de inovação.” O presidente também destaca a atração de empreendimentos como o Cetis (Centro de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação em Saúde) e o FabLab da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial)à cidade, mas pondera que é preciso fomentar a criação de projetos para esses centros desde já.
Um dos grandes desafios do setor de saúde é transformar o conhecimento científico gerado na academia em inovação no mercado. Rodrigo Silvestre, diretor industrial do Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná), falou no painel, pontuou que no Brasil, há uma frequência muito grande de publicação de artigos científicos, mas de “pouca relevância e impacto”.
A produção de patentes, em vez de artigos científicos, também pode não ser a saída, já que a patente não pode ser considerado um indicador de resultados. Além disso, as patentes têm um custo elevado de manutenção depois que são concedidos, e que cresce com o tempo. Por isso, os bancos de patentes deveriam ser vistos mais como fontes de informação estratégica e de inteligência competitiva, sugere Silvestre. “O que tem que fazer é aproximar a academia da indústria. O nosso ambiente universitário tem que sair da cerca da universidade e ver o que está acontecendo no entorno. Descobrir que trabalhar com problemas objetivos gera produções acadêmicas inovadoras.”