Folha de Londrina

É improvável que a senadora Marta Suplicy aceite ser a vice de Henrique Meirelles

- CLÁUDIO HUMBERTO

Brasília - O MDB homologou nesta quinta-feira, 2, em convenção a candidatur­a de Henrique Meirelles à Presidênci­a com o desafio de romper o isolamento político. Com 1% das intenções de voto e enfrentand­o resistênci­as em diretórios do partido, sobretudo no Nordeste, Meirelles terá a difícil tarefa de se equilibrar entre a rejeição do presidente Michel Temer e colar sua imagem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, apesar de preso, lidera as pesquisas.

A senadora Marta Suplicy (SP) foi sondada para ocupar a vaga de vice na chapa de Meirelles, mas não deu uma resposta. Ex-petista, Marta não apareceu na convenção.

Ao discursar em uma plataforma que parecia uma arena, Meirelles indicou a estratégia de campanha e citou Lula três vezes. “O mundo não se divide entre quem gosta de Lula e quem não gosta; entre quem gosta do presidente Temer e quem não gosta”, afirmou ele, que comandou o Banco Central nos dois mandatos do petista. “O mundo se divide entre quem trabalha e quem não trabalha.”

A candidatur­a foi aprovada por 357 dos 419 votos depositado­s, o equivalent­e a 85% do total. Maior partido do País, o MDB terá aproximada­mente 1 minuto e meio por bloco na propaganda de TV, mas só conseguiu fechar aliança com PHS, partido com apenas 6 segundos no horário eleitoral.

Ele se apresentou como um candidato que não foge “à luta”. Propôs um “pacto de confiança”, embora não tenha nem dentro da legenda a garantia de que não será abandonado na disputa.

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