Folha de Londrina

País abre era do VAR em competiçõe­s nacionais

-

São Paulo - O futebol brasileiro entrou na quarta-feira (1º) na era do VAR, o assistente de árbitro de vídeo, em nível nacional. O sistema esteve disponível nos três jogos válidos pela Copa do Brasil e foi utilizado duas vezes - uma na partida entre Santos e Cruzeiro, na Vila Belmiro, e outra no jogo Corinthian­s x Chapecoens­e, no Itaquerão. Nas duas situações, o árbitro de campo acatou a posição do responsáve­l pelo vídeo e não recorreu ao monitor para ver as imagens dos lances reclamados. As decisões iniciais foram mantidas.

Até esta quarta-feira, o recurso do árbitro de vídeo no Brasil havia sido testado nas partidas finais do Campeonato Pernambuca­no do ano passado e em um Gre-Nal pelo Campeonato Gaúcho desta temporada, no mês de março.

Nesta quarta, o VAR foi acionado pela primeira vez aos 11 minutos do segundo tempo na Vila Belmiro. Após cruzamento na área, o santista Gabriel Barbosa pediu pênalti ao ir para o chão em uma disputa de bola com o cruzeirens­e Lucas Romero. O árbitro de campo, Wilton Pereira Sampaio, mandou o lance seguir, mas pouco depois, quando a bola saiu pela lateral, tomou a iniciativa de consultar o assistente de árbitro de vídeo, Bráulio Machado, sobre a jogada anterior.

O contato entre eles foi pelo sistema de comunicaçã­o por áudio. Sampaio afastou os jogadores santistas que se aproximara­m para reclamar e ouviu a posição de Machado. Após 27 segundos, deu prosseguim­ento à partida, determinan­do a cobrança do lateral.

Com o parecer passado por Machado pelo ponto eletrônico, Wilton Sampaio abriu mão de observar o lance em um monitor. O árbitro de vídeo estava em um sala no Salão de Mármore do Santos, na Vila, com dois auxiliares Marcelo de Lima Henrique e Helton Nunes.

Na Vila Belmiro, foram instalados dois monitores ao lado do campo, próximos de cada linha de fundo. O Santos reagiu por meio do Twitter. “Chama o VAR, juizão”, pediu. Nas arquibanca­das, a torcida vaiou a decisão de Sampaio de não rever as imagens do lance no monitor. Ele trabalhou como árbitro de vídeo durante a Copa da Rússia.

No jogo entre Corinthian­s e Chapecoens­e, a reclamação dos catarinens­es foi de uma possível mão na bola de Romero na área, aos 36 minutos da etapa final. O árbitro de campo, Wagner do Nascimento Magalhães, parou o jogo, consultou Péricles Bassols e Bruno Boschilla, os árbitros de vídeo,

Recurso estará disponível em todos os jogos da Copa do Brasil até a final

que não viram irregulari­dade. Após 52 segundos, a partida foi reiniciada, sem consulta ao monitor.

Na partida entre Grêmio e Flamengo, em Porto Alegre, o VAR não foi utilizado. No jogo de quinta-feira (2) entre Bahia e Palmeiras, que fecharia a fase de ida das quartas de final da Copa do Brasil, o recurso também estaria disponível. O sistema vai ser utilizado até o final da competição. No total, serão 14 partidas ao custo de R$ 50 mil cada.

 ?? Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo ?? Em Corinthian­s x Chapecoens­e, Wagner do Nascimento Magalhães consultou os árbitros de vídeo, mas não chegou a utilizar o monitor
Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo Em Corinthian­s x Chapecoens­e, Wagner do Nascimento Magalhães consultou os árbitros de vídeo, mas não chegou a utilizar o monitor

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil