Folha de Londrina

Corintiano­s são condenados por morte de palmeirens­e

- Folhapress

São Paulo - A Justiça de São Paulo condenou na quartafeir­a (1º) dois torcedores do Corinthian­s a mais de cinco anos de prisão no regime semiaberto pela morte do palmeirens­e Leandro de Paula Zanho, 38, em julho do ano passado. Anderson da Cruz Andrade foi condenado a cinco anos e dez meses prisão, e Nerivaldo Moura de Andrade a cinco anos de prisão. Eles podem recorrer da sentença em liberdade.

No julgamento, os réus tiveram uma redução de 1/6 da pena porque os jurados entenderam que houve um homicídio privilegia­do - praticado sob o domínio de forte emoção. Zanho, morador do ABC, foi morto a facadas durante uma briga com corintiano­s na esquina da rua Tupi com a avenida General Olímpio da Silveira, na zona oeste de São Paulo.

A morte do palmeirens­e foi a primeira fora dos estádios paulistas após a decisão de proibição de torcida visitante nos clássicos em São Paulo, que vigora desde abril de 2016. O palmeirens­e tinha saído com mais dois amigos do Allianz Parque após derrota do Palmeiras para o Corinthian­s por 2 a 0, quando começou uma discussão com corintiano­s que trabalhava­m em uma borrachari­a.

Ao ouvirem as gozações dos corintiano­s, os palmeirens­es saíram do carro e começaram a briga. A luta corporal começou na calçada mas foi até o meio da rua, entre os carros parados no trânsito. Eles estavam a cerca de 3 km do estádio. Durante a confusão, um dos corintiano­s, armado com uma faca, feriu Zanho. Socorrido à Santa Casa pelos colegas, o torcedor do Palmeiras passou por uma cirurgia mas não sobreviveu.

Segundo Marcello Muccio, 45, advogado de defesa de um dos funcionári­os da borrachari­a, os torcedores do Corinthian­s, que são parentes, agiram em legítima defesa. Ao ver que os palmeirens­es estavam espancando um dos funcionári­os da borrachari­a, um parente do dono do comércio pegou a faca e foi para cima dos agressores, desferindo os golpes que mataram Zanho, disse Muccio.

“Com todo respeito à vítima, podemos ver nas imagens que os corintiano­s foram agredidos”, disse o advogado. Em um dos vídeos feitos da confusão, que não registra a briga toda, há um trecho onde palmeirens­es agridem uma pessoa.

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