De olho na generosidade dos filhos
O Dia dos Pais pode ser o melhor dos últimos quatro anos para o comércio. Uma pesquisa feita pela Fecomércio-PR (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná) mostrou que quase 70 por cento dos entrevistados declararam ter intenção de comprar um presente. O índice supera em 7,5 pontos percentuais os 62% do ano passado. A notícia dá uma injeção de ânimo nos comerciantes, que amargaram péssimos resultados em uma data considerada forte de vendas, o Dia dos Namorados. A greve dos caminhoneiros puxou para baixo o movimento de 12 de junho e os lojistas têm agora uma chance de recuperar o prejuízo. Mais que do isso, a intenção do consumidor de abrir a carteira indica uma retomada da economia. Um bom sinal que chega em uma época em que muitos já começam a se planejar para o Natal. Óbvio que a confirmação das previsões depende de três fatores: emprego, renda e grau de endividamento.
O valor do tíquete médio também aumentou, ao passar de R$ 99 há 12 meses para R$ 106, demonstrando que os pais podem esperar mais do que uma lembrancinha. Segundo a federação, não são todos os setores, mas há uma tendência de recuperação nas vendas em áreas como concessionárias de veículos, lojas de departamento e materiais de construção. Novamente, a força do agronegócio está fazendo a diferença, porque, pelo estudo da entidade, as regiões de Londrina e do Sudoeste apresentam os melhores resultados no varejo em 2018. A queda na temperatura, percebida nesta sexta-feira (3), é outra aliada: a frente fria certamente vai ajudar o comércio a esvaziar o estoque das roupas e calçados de inverno.
A percepção é de alívio após os transtornos impostos no final de maio pela paralisação dos caminhoneiros a vários setores. O alívio é resultado de um cenário que aponta para uma força crescente do consumo das famílias, tendência que sempre puxa para cima a economia do País.
O valor do tíquete médio também aumentou, ao passar de R$ 99 para R$ 106