‘Sistema político não aceita discurso de mudança’, diz pedetista
Curitiba - Osmar Dias (PDT-PR) oficializou a retirada de sua pré-candidatura ao governo do Paraná por meio de comunicado à imprensa. “Durante meses a fio lutei incansavelmente para construir uma frente política que não me deixasse só numa batalha desejada por toda a sociedade. Encontrei muita gente, nas ruas e nas estradas, sintonizadas com essas ideias, exigindo que as mudanças sejam feitas para não permitirmos que o Paraná e o Brasil sejam empurrados para uma crise ainda mais profunda. Mas percebi que o sistema político sem reformas não aceita na prática o discurso de mudança que todos os políticos pregam em época de eleição. Por ingenuidade ou excesso de confiança acreditei que como eu os políticos de todos os partidos haviam compreendido o momento grave que estamos vivendo”, diz trecho da nota.
Como o pedetista já tinha optado por não se coligar com o MDB do senador Roberto Requião, caso não costurasse novas alianças até o fim da semana teria pouco tempo de televisão – em torno de 30 segundos. “Não cedo jamais em valores e princípios. Aceito discutir e construir alianças políticas que sejam para atender o interesse público. Mas não negocio com o interesse público, não faço acertos perniciosos à sociedade para contemplar pessoas ou grupos políticos que não medem consequências nem custos para ter o poder e repartir suas benesses com amigos e parentes. Não agrido minha consciência em troca de tempo de TV, ou de apoio com base em barganhas escusas ou apoios hipócritas”, completou.
RENÚNCIA
Osmar Dias também renunciou à presidência estadual do PDT. Ele encaminhou carta ao presidente nacional do partido, Carlos Lupi, comunicando a decisão. A reportagem tentou contato com Lupi, que não atendeu às ligações. Fica a dúvida se o PDT se manterá neutro, aceitará se coligar com alguém ou lançará um novo nome, como forma de assegurar palanque ao presidenciável Ciro Gomes (PDT-CE). O vereador de Curitiba Goura Nataraj se colocou como opção.