Folha de Londrina

Polo forte na região de Maringá

- ( V.L)

As estratégia­s de comerciali­zação dos produtores de Maringá e Marialva fazem com que as flores da região ganhem espaço em diversas cidades. O eixo de vendas passa, inclusive, por Londrina, Paranavaí, Campo Mourão, e já vislumbran­do outros mercados, como Guarapuava, Ponta Grossa e até Curitiba. Mas diferentem­ente do que ocorre em Holambra, por exemplo, onde os produtores estão ligados a grandes cooperativ­as, aqui ainda não há essa caracterís­tica.

O técnico agrícola do Instituto Emater em Marialva, Aílton Rojas Poppi, explica que hoje um grupo de aproximada­mente 11 produtores está organizado numa feira livre, em frente ao Parque do Ingá, em Maringá, no segundo e quarto domingo de todo mês. “Estamos há um ano e meio neste trabalho e o resultado tem sido muito bom. Já existem clientes fixos na feira, inclusive de pessoas que vão em busca de flores para o próprio casamento, compram, e depois acabam contratand­o os profission­ais de decoração (já com a matéria-prima adquirida direto dos produtores).”

Poppi explica que apesar do associativ­ismo formal não acontecer, existe uma parceria bem interessan­te entre os produtores de flores. “Ele está na propriedad­e e recebe um pedido via telefone por 100 dúzias de rosas brancas. Mesmo que ele não tenha (todo o volume), aceita o pedido, se mobiliza com outros produtores para conseguir o produto informalme­nte. Cada um faz uma estratégia com seu cliente.”

Para Poppi, um dos gargalos ainda é a utilização de tecnologia­s mais ambientalm­ente sustentáve­is. Ele explica que muitos produtores ainda insistem em utilizar defensivos químicos, mas poderiam estar apostando em outras alternativ­as, como o controle biológico da pragas. “Nas rosas, por exemplo, que ocupam 10 hectares em Marialva (1 hectare em cultivo protegido), o controle de ácaro pode ser feito através de ácaros predadores ou apenas com jato de água direcionad­o.”

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