Diversificação e padrão de qualidade
Trabalho consolidado na região de Maringá é espelho para projeto em Londrina
Com um trabalho sólido desde 2012, projeto com flores encabeçado pelo Centro Universitário Uningá, de Maringá, em parceria com o Instituto Emater, é um espelho para as ações com espécies tropicais iniciadas em Londrina.
Por lá, tudo começou após o 1º Simpósio de Flores e Plantas Ornamentais do Estado, realizado em Marialva há seis anos, em que ficou determinado que seriam trabalhados os principais problemas dos produtores da região, numa sinergia entre a universidade e o órgão de assistência técnica como forma de sanar problemas da cadeia. Atualmente, são 38 produtores assistidos, com foco principal nas rosas, mas agora partindo para as plantas envasadas, como geranium, petúnias e orquídeas.
O professor doutor do Centro Universitário Uningá, Arney Eduardo do Amaral Ecker, especialista em flores, é um dos responsáveis por esse trabalho. Ele explica que hoje o projeto atua na Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep), que engloba 29 cidades. “Agora temos também aumento no número de flores em ambiente protegido, com estufa, que antes era muito pouco.”
Ele complementa dizendo que na semana passada deu um curso sobre plantas envasadas para 23 produtores do município de São Jorge do Ivaí, o que mostra que o interesse pela cadeia está subindo gradativamente no Estado. “O nosso foco maior ainda é a rosa, depois vêm as gramíneas (que entram no portfólio de plantas ornamentais) e aí depois as plantas envasadas, das mais diferentes espécies”, elenca o professor.
Entre os desafios, ele relata a importância da diversificação das espécies, principalmente para atender o mercado consumidor. “O cliente precisa ter diferentes materiais para adquirir, e não apenas rosa ou orquídea”.
Outro ponto importante, segundo Ecker, é a busca por um padrão de qualidade final dos produtos. “Os materiais que vêm de Holambra passam por um crivo de padrão de qualidade, uma classificação que é criada e isso tem sido um (debate) constante, falamos nas reuniões e cursos... uma padronização de tudo aquilo que diz respeito a manejo e produção.”
Em relação ao manejo, o professor relata a evolução substancial no que diz respeito a solo e irrigação. “A rosa, que é nosso carro-chefe, tem melhorado bastante. Há propriedades em que já foram adotadas práticas de análise de solo, verificação de adubação. Para variedades envasadas, se trata de substrato, a ideia é igual, fazendo um equilíbrio físico e químico para dar respaldo ao desenvolvimento da planta.”
Por fim, o especialista aprova o trabalho em Londrina com relação a flores tropicais. “Trabalho fantástico que corrobora com o que estamos falando sobre diversificação. Espaço em nossa região para produzir tem, a minha preocupação lá na frente é para onde direcionar o produto. Acho que o mercado interno consegue absorver, com a possibilidade de exportar para Europa e Estados Unidos. Aí, o padrão de qualidade seria obrigatório.”