Pensar a carreira desde cedo
Com a crise econômica, as empresa tiraram o pé do acelerador das contratações e estão desenvolvendo estratégias para aproveitar os talentos que já estão na casa. “Os programas de trainees continuam sendo uma ferramenta para trazer novos talentos. Mas um programa destes implica em uma empresa madura, estruturada e com cultura enraizada. Não são todas que estão habilitadas para isso”, comentou Kátia Marcos Gomes, consultora organizacional e professora de pós-graduação da ESAE/FGV.
Para ela, os programas levam vitalidade para dentro das organizações e com a possibilidade de moldar o profissional de acordo com a empresa. “Quando você faz uma seleção tradicional para a área financeira, por exemplo, talvez você traga alguém que não se adapta aquela função”, exemplificou.
Segundo a consultora, o candidato também precisa analisar com atenção as empresas e ter clareza do que busca como carreira. “Muitos (estudantes) não se encontram no curso durante a faculdade. Hoje, as áreas são diversas e com diversas possibilidades. Ele precisa saber para onde vai e o que fará seus olhos brilharem”, aconselhou Gomes.
Ela enfatizou, ainda, que os futuros profissionais precisam pensar que a carreira se constrói desde cedo. “Ele tem que adquirir competências comportamentais, fazer bons estágios, visitas técnicas, participar de intercâmbios. Isso tem que acontecer ao longo da graduação, pois só a graduação não é mais um diferencial para o mercado”, disse a consultora.