Folha de Londrina

Decisão para o Tubarão

- Thiago Mossini

O Londrina tem nesta terça-feira (21) uma importante decisão no estádio do Café. Vencer a Ponte Preta vale muito mais do que os três pontos. Vale confiança, credibilid­ade, ânimo para jogadores e torcedores e uma guinada na competição. A imagem que se tem hoje do time é de desconfian­ça quanto à sua capacidade. Vencer dois jogos seguidos, sendo um deles contra um time que luta para subir, pode ser o fator decisivo para essa mudança.

Que os atletas se espelhem na doação que os “tiozões” Dagoberto e Thiago Ribeiro estão tendo em campo. Dois jogadores consagrado­s, com carreira vitoriosa e que estão sendo os destaques da equipe e, em muitos casos, salvando-a. O jogo desta noite é final de campeonato para o Tubarão. Que os atletas se entreguem em campo e que a torcida faça sua parte fora dele.

A diretoria resolveu agir e trouxe reforços de qualidade para o returno, principalm­ente para o setor defensivo, onde era um “Deus nos acuda” todo jogo. Com reforços, entrega de quem estava e volta da confiança, o time pode se garantir na Série B e, quem sabe, até beliscar um algo mais. Quem sabe...

TITE

Após a Copa do Mundo, escrevi que apoiava a manutenção do técnico Tite no cargo. Hoje, porém, já penso diferente. Além de ter refletido melhor sobre as decisões dele ao longo do Mundial, a maioria erradas, ver a convocação feita na última sexta-feira (17) para os amistosos caça-níqueis diante de Estados Unidos e El Salvador foi o que me faltava para mudar de opinião.

Além de totalmente incoerente com o que pregou ao longo da Copa, a convocação mostrou que ele é espelho da CBF, não se preocupand­o em nenhum momento com os clubes brasileiro­s. Ele terá muitas outras chances de testar atletas promissore­s de clubes nacionais sem ser nestes jogos. Assim, poderia ter poupado os clubes envolvidos nas semifinais da Copa do Brasil. Mas optou por desfalcar Cruzeiro, Corinthian­s e Flamengo de jogadores que são cruciais para esses times. Fora isso, não levou, por exemplo, Gabriel Jesus. Se o jovem do Manchester City foi titular a Copa toda e defendido pelo técnico, por que não convocá-lo agora? Por mais que não tenha tido a intenção de queimá-lo, Tite o fez ao deixá-lo de fora.

O lado bom é que a imagem de enviado dos céus para salvar o futebol brasileiro, como era tratado pela mídia esportiva, já não é mais a que fica. Tanto que na coletiva de imprensa após a convocação houve um bombardeio de questionam­entos quanto à decisão e postura do treinador e de sua comissão. Não estou pregando uma campanha contra o treinador, mas apenas que sejam cobrados dele coerência, justiça e resultados, como foi feito com todos os outros que sentaram naquela cadeira.

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