‘Quanto mais o candidato for agressivo, pior’, diz Ratinho Jr.
A 30 dias das eleições e liderando pesquisas, candidato fala em “campanha propositiva” mesmo em cenário de judicialização que já foi parar até no TRF-4
Quando questionado na manhã de quinta-feira (6) em agenda de campanha na Sociedade Rural do Paraná, em Londrina, sobre os embates na campanha eleitoral com o candidato João Arruda (MDB), Ratinho Junior (PSL), líder nas pesquisas de intenção de voto, comentou: “Eu vejo que não tem dado certo”, afirma. Nos programas de rádio e TV a coligação de Arruda afirma que Ratinho Jr. e Cida Borghetti (PP) representam apenas a continuidade da gestão de Beto Richa (PSDB) e os responsabiliza também pela batalha entre professores e policiais militares no dia 29 de abril de 2015.
Na Justiça, o que tem funcionado são os recursos jurídicos dos assessores de Arruda, que conseguiram garantir o seu direito de manter a campanha no ar. A coligação “Paraná: Educação e Emprego”, que reúne MDB, PDT, SD e PCdoB, teve o mandado de segurança deferido contra a liminar que determinava a suspensão da exibição do programa de João Arruda. O desembargador do TRF-4, Luiz Fernando Penteado, acatou o mérito do mandado sustentando que o episódio que ficou conhecido como “massacre do dia 29 de abril” foi fato verídico e que, à época, Cida Borghetti era vice-governadora, e Ratinho Junior, secretário estadual.
Entretanto, o discurso de quem ocupa o primeiro lugar nas pesquisas segue tentando se desvincular das velhas práticas do jogo político ao passar a ideia de que estaria apenas se defendendo. “Primeiro que as pessoas não querem este tipo de campanha, o cidadão já está tão de saco cheio com a política que quanto mais o candidato for agressivo acho que é pior para ele”, afirmou o candidato do PSL, que segundo apontaram pesquisas Ibope e Radar divulgadas nesta semana venceria a eleição já no primeiro turno.
METODOLOGIA
Questionado sobre onde estaria de fato e também na prática este “frescor” político que segue sendo o discurso da “moda” e, ao mesmo tempo, uma demanda da sociedade, o ex-secretário de Desenvolvimento Urbano de Richa disse que a diferença está no modo de fazer a política. “A nova política está na metodologia, não na idade e não no relacionamento. Você quando é um político do estado se relaciona com os demais políticos do estado de maneira republicana”, afirmou. A coligação do candidato reúne partidos “religiosos” como PRB, PR e a sua ex-sigla PSC.
Nesta semana a campanha foi também a Maringá, reduto eleitoral de Cida e Ricardo Barros (PP), onde o candidato do PSL recebeu o apoio do prefeito Ulisses Maia (PDT), que deve ajudar na campanha na Cidade Canção.