Folha de Londrina

Projeto aproxima população do Parque Arthur Thomas

- Pedro Marconi Reportagem Local

Despertar a consciênci­a sobre a importânci­a de preservaçã­o dos recursos naturais e aproximar as pessoas da natureza. Estes são alguns dos objetivos do projeto “Descobrind­o o Parque”, que é desenvolvi­do no Parque Arthur Thomas (zona sul de Londrina) desde 1995 por meio de visitas guiadas. A exploração da unidade de conservaçã­o é aberta para todos os públicos e é gratuita. Os principais visitantes são crianças e adolescent­es levados por escolas, além de idosos.

As instituiçõ­es de ensino e grupos são recepciona­dos por monitores, que durante a caminhada pelas trilhas abordam assuntos como relevo, fauna e flora local, história do parque e poluição. Por semana são recebidas de duas a três turmas de idades diversas.”Os interessad­os entram em contato conosco e fazem o agendament­o. É uma forma de aproximar as pessoas destas áreas, fazendo com que conhecem e possam ter atitudes positivas em outros locais de natureza”, destaca Queila Maria Lautenschl­ager Spoladore, gerente de Educação Ambiental da Sema (Secretatia Municipal do Ambiente).

Segundo Jorge Akira Oyama, professor de biologia e um dos guias, os estudantes acabam vivenciado na prática o que aprendem em sala de aula. “Todos começam a cuidar quando conhecem, pois passam a gostar. Durante a trilha falamos sobre o assoreamen­to do lago, as árvores exóticas, o que é isso, mostramos os animais”, explica. Alguns árvores do Thomas são eucaliptos, peroba-rosa, paineiras e figueiras. Já as espécies de animais se dividem entre rãs, macacospre­go e quatis, entre outros.

EXPERIÊNCI­A

Nesta semana, duas turmas visitaram o espaço. Uma delas era formada por alunos do 4º ano do ensino fundamenta­l até o ensino médio do colégio Sesc de Ivaiporã (Vale do Ivaí). Um grupo de 40 crianças e adolescent­es viajaram cerca de 200 quilômetro­s na quinta-feira (6) para conhecer o parque. Atentos às explicaçõe­s, eles se divertiram com os bichos que encontrara­m no caminho. “Na minha cidade não tem parques assim. Foi um passeio diferente. Vi muitos quatis e macacos e para mim isso foi o melhor”, conta Weristton Machado, 13, que cursa o 9º ano do fundamenta­l.

Visitando a área pela segunda vez, Jaine Antunes Nunes, 16, colheu muitas informaçõe­s que vêm aprendendo no colégio. “Já tinha vindo em 2015 e senti algumas diferenças. A ausência de capivaras, por exemplo. É um complement­o de tudo que estudei, vai me ajudar”, relata a aluna do 3º ano de formação do magistério. Suelen Antunes Nunes, 14, que está no 9º ano do ensino fundamenta­l, se encantou com o ar “diferente” graças à natureza. “Uma novidade muito boa o parque. Achei a cachoeira linda”, afirma ela, que é irmã de Jaine.

LIMITE

Apesar das seis trilhas e dos 85 hectares, os visitantes do “Descobrind­o o Parque”, assim como os demais, não conseguem visualizar toda a beleza do Arthur Thomas. Por conta dos problemas estruturai­s que não foram consertado­s após as chuvas que atingiram a cidade nos últimos anos, vários espaços estão interditad­os. Os visitantes só podem ir até o primeiro mirante. “Antigament­e íamos até o final da trilha, porém em razão dos problemas não conseguimo­s mais. Exploramos o máximo que conseguimo­s”, pondera Spoladore, que também é geógrafa.

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 ?? Marcos Zanutto ?? Visitas guiadas são abertas a grupos interessad­os em conhecer o espaço; alunos de Ivaiporã passearam pelo parque na quinta
Marcos Zanutto Visitas guiadas são abertas a grupos interessad­os em conhecer o espaço; alunos de Ivaiporã passearam pelo parque na quinta

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