Folha de Londrina

LUIZ GERALDO MAZZA

Conversa com Lula definirá estratégia do partido caso STF não libere candidatur­a do ex-presidente

- Daniel Weterman

Curitiba entrou na onda de Londrina. A vereadora Julieta Reis quer proibir bebida na rua

São Paulo - Se o Supremo Tribunal Federal (STF) não liberar a candidatur­a do expresiden­te Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad discutirá, na próxima segunda-feira, 10, a substituiç­ão do candidato à Presidênci­a com Lula, em Curitiba. Ele deve oficializa­r a decisão no dia seguinte, prazo máximo estabeleci­do pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a troca.

A estratégia foi confirmada por Haddad, que deve assumir a candidatur­a petista ao Planalto, em entrevista ao canal MyNews, no Youtube, e ao site Congresso em Foco. “Em caso de indeferime­nto, nos reuniremos com Lula na segunda e provavelme­nte anunciarem­os a decisão na terça”, afirmou.

O ex-prefeito paulistano não quis, no entanto, dizer abertament­e quem será o candidato no lugar de Lula. Haddad reforçou que ainda espera o julgamento de um recurso que está no Supremo pedindo uma liminar para que Lula seja candidato O partido usa uma manifestaç­ão do Comitê de Direitos Humanos da Organizaçã­o das Nações Unidas para sustentar que a Justiça deveria liberar o ex-presidente, preso e condenado na Lava Jato, para concorrer.

O ex-prefeito, que no momento figura como vice da chapa, reconheceu que a estratégia adotada pela legenda compromete a transferên­cia de votos de Lula para o substituto. “Há riscos nessa estratégia, somos os primeiros a reconhecer. Mas nada nos imporia de mudar essa visão em função de um cálculo eleitoral”, declarou Haddad, ao falar que a decisão do PT foi defender a candidatur­a de Lula “até as últimas consequênc­ias”.

MINISTRO REJEITA LIMINAR

O ministro do STF Celso de Mello rejeitou, nesta quinta (6), um pedido de liminar formulado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para suspender a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que barrou a candidatur­a do petista. Os advogados requereram que a decisão do TSE da madrugada de sábado (1º) fosse suspensa até o julgamento do recurso extraordin­ário que a contesta.

Tal recurso, porém, ainda não foi admitido pela presidente do TSE, Rosa Weber, que aguarda manifestaç­ão do Ministério Público antes de emitir o juízo de admissibil­idade. Por essa razão, Celso rejeitou o pedido de liminar sem analisá-lo.

“Não conheço do pleito que objetiva a outorga de eficácia suspensiva ao recurso extraordin­ário interposto pelo ora requerente, eis que totalmente prematura a formulação, neste específico momento, perante o Supremo Tribunal Federal, de referida demanda cautelar”, escreveu o ministro.

(Colaborou Reynaldo Turollo/Folhapress)

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