LUIZ GERALDO MAZZA
Conversa com Lula definirá estratégia do partido caso STF não libere candidatura do ex-presidente
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São Paulo - Se o Supremo Tribunal Federal (STF) não liberar a candidatura do expresidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad discutirá, na próxima segunda-feira, 10, a substituição do candidato à Presidência com Lula, em Curitiba. Ele deve oficializar a decisão no dia seguinte, prazo máximo estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a troca.
A estratégia foi confirmada por Haddad, que deve assumir a candidatura petista ao Planalto, em entrevista ao canal MyNews, no Youtube, e ao site Congresso em Foco. “Em caso de indeferimento, nos reuniremos com Lula na segunda e provavelmente anunciaremos a decisão na terça”, afirmou.
O ex-prefeito paulistano não quis, no entanto, dizer abertamente quem será o candidato no lugar de Lula. Haddad reforçou que ainda espera o julgamento de um recurso que está no Supremo pedindo uma liminar para que Lula seja candidato O partido usa uma manifestação do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas para sustentar que a Justiça deveria liberar o ex-presidente, preso e condenado na Lava Jato, para concorrer.
O ex-prefeito, que no momento figura como vice da chapa, reconheceu que a estratégia adotada pela legenda compromete a transferência de votos de Lula para o substituto. “Há riscos nessa estratégia, somos os primeiros a reconhecer. Mas nada nos imporia de mudar essa visão em função de um cálculo eleitoral”, declarou Haddad, ao falar que a decisão do PT foi defender a candidatura de Lula “até as últimas consequências”.
MINISTRO REJEITA LIMINAR
O ministro do STF Celso de Mello rejeitou, nesta quinta (6), um pedido de liminar formulado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para suspender a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que barrou a candidatura do petista. Os advogados requereram que a decisão do TSE da madrugada de sábado (1º) fosse suspensa até o julgamento do recurso extraordinário que a contesta.
Tal recurso, porém, ainda não foi admitido pela presidente do TSE, Rosa Weber, que aguarda manifestação do Ministério Público antes de emitir o juízo de admissibilidade. Por essa razão, Celso rejeitou o pedido de liminar sem analisá-lo.
“Não conheço do pleito que objetiva a outorga de eficácia suspensiva ao recurso extraordinário interposto pelo ora requerente, eis que totalmente prematura a formulação, neste específico momento, perante o Supremo Tribunal Federal, de referida demanda cautelar”, escreveu o ministro.
(Colaborou Reynaldo Turollo/Folhapress)