Folha de Londrina

BOLA PRO MATO

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Depois de meses de “nhaca” e de um time molenga em campo, enfim, o Tubarão acordou na temporada

O novo Tubarão

O futebol é apaixonant­e e mobiliza tanta gente, entre outros fatores, por causa desse dinamismo e rapidez com que os cenários e possibilid­ades mudam. O favorito de hoje estará em crise amanhã, o quase rebaixado embalou e agora já pode até subir, o time está no fundo do poço, mas ganha do maior rival que luta pelo título. O torcedor que ontem xingava e prometia abandonar o clube do coração até o final do ano já faz corrente para arrastar os parças para o próximo jogo decisivo. Esse fenômeno do futebol atinge agora o Londrina. O ano de 2018, que já havia sido “chutado” pelo torcedor, agora já está com tudo mudado. Depois de meses de “nhaca” e de um time molenga em campo, enfim, o Tubarão acordou na temporada.

Essas mudanças repentinas no futebol muitas vezes passam pela troca de treinador. Sabe como é, né?: se os jogadores não vão com a cara do sujeito, ou se ele é ruim mesmo, não adianta que não vai. O Londrina teve quatro treinadore­s no ano e só com Roberto Fonseca resolveu jogar. Tudo bem que ele teve reforços pontuais e pôde contar mais com Dagoberto do que os outros, mas é nítido que o clima e a postura da equipe são bem diferentes. Na Série A, dá para citar Palmeiras e São Paulo como exemplos de mudanças de treinador que transforma­ram o time da água para o vinho.

A vitória fora de casa sobre o Coritiba era o que faltava para consolidar esse novo Londrina de 2018. Espantou o tabu na capital e também a má fase longe do Norte do Paraná. Mas o mais importante: devolveu ao torcedor o orgulho. Subir para a Série A é um sonho possível, mas difícil para este ano, já que estamos na reta final do campeonato. Porém, o torcedor e os próprios jogadores voltaram a acreditar e isso pode ser um diferencia­l. Mas, independen­temente do acesso ou não, o orgulho de ver o time fazendo um final de competição de maneira aguerrida, empenhada e de certa forma vitoriosa, já é um prêmio, ainda mais se a Série B acabar com o Tubarão à frente do Coxa.

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