Folha de Londrina

LEC perde uma posição em rodada positiva para o G4

Tubarão foi ultrapassa­do pelo Coritiba e está em nono, a sete pontos da faixa de acesso

- PAULO VINÍCIUS COELHO LUCIO FLÁVIO CRUZ

O Londrina retoma nesta segunda-feira (8) a preparação para o jogo contra o São Bento, sábado (13), às 21 horas, no estádio do Café. O confronto será a última partida da 31ª rodada da Série B. Após o empate com o Goiás por 0 a 0, o Alvicelest­e caiu uma posição com o complement­o dos jogos da 30ª rodada.

O LEC agora é o nono colocado, com 41 pontos, após ser ultrapassa­do pelo Coritiba, que venceu o seu jogo - 2 a 1 sobre o Juventude - e chegou aos 43 pontos. O Tubarão está a sete pontos do quarto colocado. A rodada, aliás, foi positiva para os integrante­s do G4. Com exceção do Goiás, os outros venceram.

O Fortaleza aumentou a sua vantagem na liderança após vencer fora de casa o Brasil de Pelotas. O time do técnico Rogério Ceni chegou aos 56 pontos e está muito próximo de garantir o acesso. Com 50 pon-

A sexta derrota do Corinthian­s em Itaquera neste ano dá a noção de que a vantagem de jogar em casa a segunda partida final da Copa do Brasil pode não ser tão grande quanto parecia no dia do sorteio. Vai depender do comportame­nto do Cruzeiro no jogo de ida, quarta-feira (10), no Mineirão. Dos cinco mata-matas disputados pela equipe mineira em casa, três pela Copa do Brasil e dois da Libertador­es, Mano Menezes não viu seu time vencer nenhum.

Em quatro das cinco vezes, o Cruzeiro se classifico­u porque ganhou como visitante antes de ser anfitrião. Na quinta vez, foi desclassif­icado pelo Boca Juniors, empatando em Belo Horizonte, depois de ter perdido em Buenos Aires.

Aos 20 minutos do segundo tempo, Edílson recebeu na ponta direita e foi cercado por três marcadores do Boca. Não tinha opção de passe para a frente e recuou para Henrique. O volante, então, tocou em direção à grande área e projetou-se para a lateral do campo. Recebeu outro passe, mas cercado por quatro marcadores. O Cruzeiro caía assim na arapuca que se acostumou a montar contra seus adversário­s. Bloqueia os corredores e diminui o espaço entre as linhas, mas não tem repertório quando o rival faz o mesmo.

É o caso do Corinthian­s. Jair Ventura estreou com derrota para o Palmeiras, no Allianz Parque, três dias antes de inaugurar as semifinais da Copa do Brasil contra o Flamengo, no Maracanã. Ventura escalou o time da emergência no Rio. Três volantes. Não chutou nenhuma vez ao gol de Diego Alves, goleiro rubro-negro. Levou a definição da vaga para Itaquera, onde optou pelo meia Mateus Vital no lugar do cabeça-de-área Gabriel. Ficou um pouco mais solto. Um pouco. A mesma formação levou uma surra do Flamengo na sexta (5): 3 a 0. Pode significar que Ventura leve ao Mineirão, outra vez, a equipe da emergência. Nesse caso, segura outro 0 a 0 e decide em São Paulo.

Ocorre que o Cruzeiro é muito melhor quando visita do que quando recebe, e o Corinthian­s nunca perdeu tanto em seu estádio desde a inauguraçã­o, em 2014. São 151 partidas em Itaquera, 15 derrotas, seis delas neste ano.

É incrível como o futebol brasileiro tem mais equipes confortáve­is quando se defendem do que quando atacam. O Flamengo é o time com mais rodadas na liderança do Brasileiro. Disputou 28 partidas do campeonato e só em três delas ficou menos tempo com a bola do que o adversário.

Na estreia, empate contra o Vitória, no décimo jogo, contra o Fluminense, e nos 3 a 0 sobre o Corinthian­s. Quando entregou a bola ao rival, não perdeu. Nas outras, ficou marcado como time de armandinho­s. Toca, toca e não entra.

Talvez essa febre de marcação seja fruto de tantas mudanças de elenco e da falta de treinos provocada pelo calendário insano. Mano Menezes assumiu o Cruzeiro em julho de 2016, quatro meses depois de Guillermo Barros Schelotto estrear pelo Boca.

Quarta-feira (3), os dois se encontrara­m no Mineirão. Mano completava 164 jogos em sua segunda passagem pela Toca da Raposa. Schelotto chegava à sua partida número 106. São quatro meses a menos de trabalho de Mano e 58 compromiss­os a mais. Deficit de cem treinos, aproximada­mente. O resultado é que o Brasil de hoje apenas marca e não consegue criar. tos, aparecem o Goiás e o CSA, que é o terceiro e venceu o Paysandu, em Maceió. Já o Avaí se reabilitou ao fazer 2 a 0 no lanterna Boa Esporte, em Florianópo­lis, e subiu para 48 pontos.

Próximos ao G4, aparecem ainda o Guarani, o Atlético Goianiense e o Vila Nova, todos com 45 pontos. O São Bento, que ganhou do Guarani por 1 a 0, é o 14º, com 39 pontos. Em relação à zona do rebaixamen­to, o Londrina abriu uma vantagem confortáve­l de dez pontos sobre o CRB, que é o 17º colocado.

FOLGA

Os jogadores do LEC comemoram a folga de dez dias na tabela. “Acredito que é importante para recuperar alguns jogadores que estão lesionados e também dar um descanso. Estamos em uma batida boa neste segundo turno e vai ser positivo este descanso”, frisou o volante João Paulo.

O atacante Dagoberto voltou a sentir dores no tornozelo direito na última partida e está no departamen­to médico. O jogador deve ser liberado ao longo da semana para poder jogar no sábado. Outra dúvida é o zagueiro Dirceu, que também se recupera de uma lesão no tornozelo e ficou de fora das duas últimas partidas.

Quem será desfalque certo é o goleiro Vagner, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Alan entra no seu lugar. Já o volante Jardel retorna ao time após cumprir suspensão. “O Londrina tem um grupo de qualidade e quem entrar vai dar conta do recado. Temos que continuar fazendo o que temos feito nas últimas partidas, com todo mundo brigando do começo ao fim e lutando muito em campo”, ressaltou João Paulo.

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