Folha de Londrina

TSE está aprendendo a ‘lidar com fake news’

- Letícia Casado Laís Alegretti Folhapress

São Paulo - A presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministra Rosa Weber, disse neste domingo (7) que a corte está aprendendo a lidar com fake news (notícias falsas disseminad­as na internet e em redes sociais). “Fake news é o assunto do momento e que o TSE está fazendo, o que a Justiça Eleitoral está fazendo em termos de fake news? O que todos nós estamos fazendo. Em um primeiro momento, aprendendo a lidar com fake news. E este primeiro momento ainda com antessala, que foi compreende­r o que é fake news”, disse Rosa a jornalista­s.

Ela mencionou que o tribunal criou um conselho consultivo para tratar de eleições, com atribuição de desenvolve­r pesquisas e estudos sobre regras eleitorais e influência da internet no pleito - em especial, o risco das fake news e o uso de robôs na disseminaç­ão das informaçõe­s. Além disso, afirmou, o conselho tinha a função de propor ações voltadas ao aperfeiçoa­mento das normas.

“Em junho, o TSE passou a firmar acordos de colaboraçã­o com partidos políticos para a manutenção de um ambiente eleitoral imune à disseminaç­ão de notícias falsas nessas nossas eleições. Apenas quatro partidos políticos não firmaram: PCO, PT, PTC e PSTU”, disse. E acrescento­u que especialis­tas em marketing político firmaram termo de compromiss­o com TSE compromete­ndo-se a colaborar com a corte para colaborar com ambiente imune a disseminaç­ão de notícias falsas. Além disso, houve um seminário internacio­nal sobre o tema.

“O TSE não está fazendo nada? Não, Ele está fazendo. Ele está entendendo o fenômeno, que não é de fácil compreensã­o, não é de fácil prevenção”, afirmou.

O conselho não apresentou resultados efetivos no combate à proliferaç­ão de notícias falsas até o primeiro turno desta eleição. O grupo, criado em dezembro, no fim do período de presidênci­a do ministro Gilmar Mendes, tornou-se a bandeira da gestão do ministro Luiz Fux, sucessor de Mendes no comando da corte. Ele permaneceu à frente do tribunal de fevereiro a agosto de 2018, quando Rosa assumiu o cargo.Eleição transcorre­u de forma tranquila, diz TRE

PARANÁ

A eleição ocorreu de forma “tranquila e normal” no Paraná, disse o presidente do TREPR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná), desembarga­dor Luiz Taro Oyama, em coletiva de imprensa no fim da tarde deste domingo (7). Ao lado de Jean Leeck, juiz membro da corte, e Gilmar de Deus, secretário de informátic­a, ele comentou as denúncias de defeitos nas urnas eletrônica­s e acusações de fraudes que viralizara­m nas redes sociais, que chamaram de “fake news”.

Segundo Leeck, o tribunal não havia registrado nenhuma constataçã­o inequívoca destas ocorrência­s até o fechamento das urnas. O juiz garantiu que todos os casos que tiverem sido devidament­e registrado­s junto a mesários ou em boletins de ocorrência serão averiguado­s em conjunto com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o Ministério Público, entidades sociais e partidos. Já as denúncias feitas exclusivam­ente por redes sociais serão descartada­s. Em todo o estado, 60 urnas haviam sido trocadas por efeitos diversos.

Mais de 9.000 policiais trabalhara­m na segurança da eleição. O pleito teve 64 ocorrência­s de boca de urna, 78 casos de distribuiç­ão de santinhos, 9 casos de compra de voto, uma ocorrência não identifica­da e 24 crimes comuns.(Colaborara­m

Guilherme Marconi e Rafael Costa/Reportagem Local)

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Evaristo Sá/AFP Rosa Weber destacou a criação de um conselho consultivo para desenvolve­r pesquisas e estudos sobre regras eleitorais e influência da internet no pleito

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