Puxador de votos, iniciou a trajetória sob influência do pai
Curitiba
- Além do mais jovem governador da história, Ratinho Junior é o primeiro a ocupar o Palácio Iguaçu sem ter sido senador ou prefeito da capital. Os ex-governadores Beto Richa, Roberto Requião e Jaime Lerner foram prefeitos de Curitiba antes de governar o Estado. José Richa e Alvaro Dias também estiveram no Senado antes.
Ao longo da campanha, Ratinho adotou um mantra da gestão moderna: “a nova política está na metodologia, não na idade e não no relacionamento”, repetiu incansavelmente.
Apesar de novo na idade, a carreira política já percorreu muita estrada. Aos 21 anos, Carlos Roberto Massa Junior, que já utilizava a alcunha de Ratinho Junior, venceu sua primeira eleição para deputado estadual. O governador eleito também não deixa de ser considerado um “herdeiro” da popularidade do pai, Carlos Massa, o Ratinho, que também teve uma breve passagem pela política como vereador e deputado antes de se tornar o famoso apresentador de TV.
Com toda essa visibilidade, alçou o filho à Assembleia Legislativa do Paraná como o mais votado em 2002 pelo PPS, com 189 mil votos. À época, Ratinho Junior comandava programa em duas rádios da família e declarou à FOLHA: “Não quero ser um deputado radialista. Quero ser radialista e deputado.’’ Neste período completou a faculdade de Marketing e Propaganda .
A partir daí, o paranaense nascido em Jandaia do Sul (Vale do Ivaí) se tornou um “puxador de voto” com votações históricas (veja o gráfico). Já em 2010, com planos claros de suceder Richa, voltou à Assembleia para estreitar as relações em solo paranaense e mais um vez somou 300 mil votos, mais de 5% dos votos válidos do Estado, trazendo a reboque 11 deputados, estruturando sua força na Casa e o plano rumo ao Iguaçu. Segundo o ex-secretario de Agricultura e coordenador de campanha, Norberto Ortigara, essa bancada “deu corpo” à campanha vitoriosa.
O único tropeço na política foi em 2012, quando chegou a liderar as pesquisas para prefeito de Curitiba, mas acabou derrotado por Gustavo Fruet (PDT), e sofreu resistência do eleitorado mais conservador da capital.