Para combater o isolamento
Atividades físicas, palestras, oficinas e participação em eventos culturais fazem parte da programação oferecida nos dois Centros de Convivência do Idoso de Londrina. Juntos, os centros (um na zona oeste e outro na zona leste) realizam 2.500 atendimentos por mês.
A secretária municipal do Idoso, Andréa Danelon, explica que as ações buscam facilitar a integração dos idosos na sociedade, além de repassar orientações sobre saúde, direitos e benefícios disponibilizados a essa faixa etária. “Temos muitos projetos nos nossos CCIs (Centros de Convivência do Idoso). Temos oficinas de qualidade de vida e cidadania; o programa ‘Idoso Conectado’ para ensinar a usar celulares e computadores, o que facilita o contato com parentes e amigos nas redes sociais; temos o projeto ‘História com os meus avós’, que envolve os idosos e as crianças da rede municipal de ensino; projetos de alfabetização e muitos outros”, destaca. Um terceiro centro de convivência deve ser inaugurado em breve na zona norte da cidade.
Londrina possui, aproximadamente, 72 mil idosos. “Os desafios são muitos. O envelhecimento da população é uma tendência mundial e ninguém está preparado. Temos que refletir mais sobre isso. Precisamos olhar para os idosos com outros olhos. Temos que fortalecer essa rede de apoio”, completa Danelon.
Um dos projetos em fase final de preparação na secretaria é o chamado “Casa Dia”, criado para acolher os idosos no período entre 8h e 17h nos casos em que as famílias não contam com ninguém disponível para realizar os cuidados necessários. Além dos CCIs, a secretaria municipal realiza outras atividades e faz o encaminhamento de denúncias de violação de direitos dos idosos.
Além da estrutura oferecida pela prefeitura, grupos de amigos também se reúnem em espaços públicos para praticar exercícios e colocar a conversa em dia. Ivone Gimenes Carreira, 74, e Natsuko Tanaka, 73, fazem atividades físicas no Bosque Central três vezes por semana. As aposentadas falam da idade com bom humor e, apesar de já terem presenciado várias cenas de desrespeito como vagas de estacionamento destinadas a idosos sendo ocupadas por pessoas com menos de 60 anos, elas também já tiveram bons exemplos. “No ônibus sempre me dão lugar para sentar. Tenho sorte. Ainda tem gente boa nesse mundo, viu”, comemora Tanaka. Animada, a dupla ainda dá a receita para envelhecer com qualidade. “Não pode é ficar parado dentro de casa”, conta Carreira. “E tem que se alimentar certinho também”, ressalta a amiga.(