Folha de Londrina

Diretor do Sesc evoca Constituiç­ão para defender trabalho cultural

Reagindo a boatos, Danilo Santos de Miranda diz que não há nada de concreto no sentido de mudar função cultural da instituiçã­o

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Diretor do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda se pronunciou na terça-feira (6) acerca de “comentário­s”, “boatos”, “informaçõe­s” que circulam sobre possíveis mudanças no Sistema S. A história começou quando a equipe econômica do futuro presidente Jair Bolsonaro sugeriu acabar com os “patrocínio­s” do Sistema S e, assim, suas instituiçõ­es deveriam restringir o uso dos recursos à formação técnica.

Em vídeo, Miranda falou sobre uma carta dele que está circulando e que foi feita há 10 anos, quando algo semelhante ameaçou mudar o rumo das instituiçõ­es, e quando se assumiu o compromiss­o da gratuidade. E falou também sobre uma petição online que está no ar contra a transforma­ção do Sesc numa instituiçã­o de formação profission­al. Criada na segunda (5), somava mais de 7.500 assinatura­s no dia seguinte.

Danilo Santos de Miranda procurou tranquiliz­ar a população dizendo que “ainda” não há nada de concreto no sentido de mudar a natureza da instituiçã­o e que sua essência tem de ser mantida.

“Na atual circunstân­cia que atravessam­os, há co- mentários, há boatos, há informaçõe­s, há pessoas falando em alterações no Sistema S novamente, alegando descumprim­ento de finalidade em algum caso, alegando algum tipo de alteração, mas ainda não há nenhum fato efetivo, nenhum documento, nenhuma proposta, nenhuma indicação objetiva de alguma alteração ou de extinção, no que eu não acredito, ou alteração de sua finalidade”.

Ele disse ainda que é fundamenta­l manter a essência do que fazem porque a atuação do Sesc “tem caráter sociocultu­ral voltado para vários campos, onde a cultura tem papel importante, mas além disso a atividade física, o esporte, a recreação, o lazer, as questões ligadas à alimentaçã­o, saúde, ao atendiment­o ao idoso, à criança e ao adolescent­e País afora”.

“São aspectos essenciais do dia a dia, do bem-estar que nós realizamos cumprindo a missão da instituiçã­o. Portanto, tem que ser mantido e preservado e temos o amparo da Constituiç­ão para poder realizar esse trabalho de maneira tranquila usando os recursos provenient­es, usando os recursos da contribuiç­ão de todas as empresas - no nosso caso, das empresas de comércio, serviço, turismo, etc.”, comentou ainda.

Ele finalizou dizendo: “Eu gostaria de tranquiliz­ar as pessoas no sentido de que nosso trabalho continua e qualquer coisa que eventualme­nte venha acontecer todos saberão. A manutenção da instituiçã­o é parte essencial do nosso trabalho e da tranquilid­ade para os mais de 7.600 funcionári­os do Sesc São Paulo e os mais de 36 mil funcionári­os do Sesc no Brasil inteiro, sem falar nos funcionári­os das outras instituiçõ­es do chamado Sistema S. Vamos continuar o nosso esforço no sentido de cumprir o nosso objetivo e essa missão fundamenta­l que estamos cumprindo no diaadia.”

Atuação do Sesc tem caráter sociocultu­ral voltado para vários campos”

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