‘Lago é um ponto turístico e sempre tem fluxo bom de pessoas’
Quem abre o mapa de ambulantes regulares disponibilizado pela CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) se depara com dezenas de pontos azuis espalhados por todas as regiões da cidade. Cada um identifica um comerciante ambulante. De toda Londrina, uma região em específico chama atenção pela grande concentração de vendedores em uma curta extensão: a barragem do Lago Igapó, na zona sul.
A rua da Canoagem, Presidente Arthur da Costa e Silva e avenida Souza Naves, nas adjacências do lago, contam com 18 ambulantes regulares junto ao município. Destes, 16 têm como carro-chefe nas vendas o caldo de cana. Muitos ainda comercializam outros produtos junto com a garapa, como água de coco, água mineral, refrigerante e salgado. Num reduto do calda de cana, ainda podem ser encontradas algumas barracas que conseguem sobreviver vendendo outros alimentos.
É o caso de Edson Paulo Nascimento Solto e Gislaine Santini, que há cerca de três anos estão nas proximidades da barragem com um trailer de pastel e suco. Todos os dias depois do almoço eles atuam no local e durante a semana, quando o movimento no lago é menor, aproveitam da vizinhança com a prefeitura para manterem as vendas. “Vimos que tinha o ponto disponível e resolvemos abrir aqui. O que ganhamos é razoável, dá para pagar as contas. O pessoal pega o calda de cana e vem comer pastel aqui”, dizem.
De acordo com eles, até outubro de 2018 a CMTU esteve fiscalizando os ambulantes em pelo menos duas oportunidades. “Não é fácil tirar a licença e temos casos de gente que vem e coloca o trailer sem ter nada com o município, como crepe e churros ou até mesmo o pastel. Não nos atrapalha na questão das vendas, pois nosso clientela é fixa, porém é ruim por estar irregular e pular etapas que estão na lei da cidade para este tipo de comércio.”
Vendedor ambulantes mais próximo da barragem do Igapó, a partir do mapa elaborado pelo município, José Antônio Batista viu no algodão doce e pipoca uma forma de complementar a renda aos fins de semana. De segunda a sexta-feira ele trabalha como vendedor. “Estou há sete anos neste mesmo lugar. O Lago Igapó é um ponto turístico e sempre tem fluxo bom de pessoas, com famílias vindo passar o dia” destaca. “Só deveria ter mais lugares para estacionar nesta região e banheiro químico, pois vêm muitas mães e crianças e não tem um lugar para usarem”, sugere.
Para a atendente Renata de Souza, a combinação do calda de cana com outros tipos de guloseimas são um bom atrativo para ir ao lago e consumir produtos dos comerciantes, em especial nos dias de calor. “Sempre trago minha família ou algum parente quando vem visitar Londrina. Quando venho encontro bastante gente, com criança brincando e outros fazendo caminhada. É um lugar para relaxar. Uma pena que existem muitos consumindo drogas, com carros com som alto em local proibido e tudo isso sem ter uma verificação das autoridades. Acaba ‘espantando’ a presença das famílias em muitos momentos”, lamenta.
“Tem gente que vem e coloca o trailer sem ter nada com o município”