Folha de Londrina

REPÚBLICA, DEODORO E FLORIANO

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ADia 15 de novembro era, em meus felizes tempos de estudante do curso ginasial, uma data festiva, até com desfile dos estudantes e dos escoteiros, em Santo Anastácio (SP). Isso nos anos 50. Deveria ser assim em Londrina e também em outras localidade­s brasileira­s, interioran­as ou capitais. Como se sabe e conta a História, foi o alagoano Marechal Deodoro da Fonseca quem proclamou a República, no dia 15 de novembro de 1889, tirando praticamen­te no dia seguinte Dom Pedro II do cargo de imperador do Brasil. Foi um governo provisório de Deodoro, que dois anos depois elegeu-se oficialmen­te para comandar o país. Mas em virtude dos problemas com a economia, que ia de mal a pior, Deodoro renunciou, após perder o apoio de forças militares. Seu lugar foi ocupado pelo vice-presidente Marechal Floriano Peixoto, que integrou as forças do país que enfrentara­m o Paraguai na famosa e histórica guerra. Deodoro escreveu artigos para jornais, anos depois, dizendo que errou ao abandonar o governo brasileiro. Já Floriano Peixoto gostou tanto de governar, que sufocou uma revolta na Ilha de Desterro, e mudou o nome dela para Florianópo­lis (em homenagem a ele mesmo), que até hoje é a bela capital de Santa Catarina. Nessa época, Quintino Bocaiúva, dono do jornal “O País” ficou ao lado de Floriano Peixoto e ajudou o Brasil a ser mais “republican­o”.

■■ Como curiosidad­e: Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto são nomes de duas das principais praças de Londrina. E Quintino Bocaiuva é nome de uma das ruas mais conhecidas e movimentad­as da cidade.

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