Folha de Londrina

Uma inspir fábula antib

‘Nos Vemos no Paraíso’, em Cine Com Tour,é uma crítica ao m de frear a corrupta engrenag

- Carlos Eduardo Lourenço Jorge Especial para Folha 2

os Vemos no Paraíso”, baseado no romance homônimo de Pierre Lemaitre (Premio Goncourt de 2013, espécie de Oscar literário dos franceses, e compreensí­vel fenômeno editorial em toda a Europa) é a principal estreia desta quinta-feira (15) em Londrina. É a história de três homens ligados pela necessidad­e de superação da tragédia no campo de batalha.

Os primeiros minutos de “Nos Vemos no Paraíso” conduzem o espectador a exatos 100 anos atrás, novembro de 1918, derradeiro­s dias da Primeira Guerra Mundial. Falta pouco para a assinatura do armistício de Compiègne - este mesmo cujo centenário foi celebrado com muita pompa em Paris no último domingo. Um espetacula­r plano sequência aéreo acompanha um cão mensageiro através de uma desolada trincheira do exercito francês. O tenente Pradelle (Laurent Laffite) recebe um comunicado informando que a guerra acabou, mas ignora a notícia e opta por enviar seus homens exaustos ao campo de batalha. Este o formidável arranque desta produção francesa que escapa a qualquer rotulação mais corrente de gênero, esplêndida crônica sobre os sobreviven­tes do conflito que deixou 10 milhões de mortos.

Naquele dia, entre os soldados que saem da trincheira e a contragost­o retomam a batalha, o talentoso artista Edouard Pericout (o ator argentino Nahuel Pérez Biscayart) salva a vida do contador Albert Maillard (Albert Dupontel, também roteirista e diretor). Os dois homens nada têm em comum além de suas experiênci­as na guerra e o ódio que devotam ao tenente Pradelle. A ordem de Pradelle para o derradeiro ataque resulta em tragédia maior para seus comandados; enquanto a maioria é morta, Edouard e Albert, companheir­os de armas, se salvam mutuamente e sobrevivem, mas a um alto custo: Edouard, apesar de se salvar, fica com a

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‘Nos Vemos no Paraíso’: fábula antibélica mostra a falta de sentido das

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