Folha de Londrina

Câmara arquiva PL de iniciativa popular e congela alíquota

Segundo os vereadores, emendas ou substituti­vos serão apresentad­os ao prefeito e secretário­s o mais rápido possível, em busca de uma alíquota menor para o imposto

- Vitor Struck Reportagem Local

O PL (Projeto de Lei) de iniciativa popular que previa a revogação do aumento do IPTU não passou pela votação em segunda discussão, nessa quinta-feira (29), na Câmara de Londrina. Para a aprovação eram necessário­s 13 votos favoráveis, mas apenas 11 se confirmara­m. Na sequência, a Câmara aprovou por unanimidad­e o PL do Executivo que congela a alíquota em 0,6%. Eduardo Tominaga não descarta apresentar emendas para tentar reduzir o percentual sobre o valor venal dos imóveis

ACâmara de Londrina sepultou o projeto de lei que nasceu de uma articulaçã­o política que reuniu cerca de 30 mil pessoas em busca da redução do IPTU (Imposto Predial e Territoria­l Urbano). Em mais uma sessão conturbada, nesta quinta-feira (29) o projeto de lei de iniciativa popular que pedia a revogação da lei que atualizou a Planta Genérica de Valores, foi arquivado. Para a aprovação em segunda discussão eram necessário­s 13 votos favoráveis, mas apenas 11 vereadores votaram pelo projeto, contrarian­do o placar da primeira discussão, há duas semanas .

Após a votação a sessão ficou suspensa por cerca de 30 minutos. No retorno, a urgência de votação do projeto de lei de autoria do Executivo que propõe o congelamen­to da alíquota do IPTU em 0,6% foi aprovada. Em votação, o PL foi aprovado por unanimidad­e.

“Sabiamente os vereadores entraram em consenso. Agora os trabalhos vão continuar com o entendimen­to de cada vereador tem a sua liberdade e prerrogati­va desde que não falte o respeito de cada um”, afirmou o vereador Eduardo Tominaga (DEM). Pouco antes Tominaga garantiu que emendas ou substituti­vos seriam apresentad­os ao projeto com o objetivo de reduzir a alíquota.

“Buscaremos agora apresentar emenda ou substituti­vo e apresentar para o prefeito e secretário­s, o mais rápido possível desde que eles queiram, evidenteme­nte nos atender no gabinete”, afirmou Tominaga.

Já o líder do prefeito na Casa, Jairo Tamura (PR), ressaltou no final da tarde desta quinta-feira que qualquer medida que venha no sentido de reduzir a alíquota deve estar aliada a um estudo de impacto financeiro. “Se caso acontecer de ter emendas ficou acordado de retirar de pauta na terça-feira (4) para que seja apreciada pelo corpo técnico da Secretaria de Fazenda”, afirma Tamura.

INICIATIVA POPULAR

Na sessão desta quinta-feira (29) os vereadores que mudaram o voto favorável ao projeto de iniciativa popular foram Aílton Nantes (PP), Daniele Zióber (PP) e João Martins (PSL). Além deles foram contrários os vereadores Amauri Cardoso (PSDB), Estevão da Zona Sul (Sem partido), Jairo Tamura (PR), Jamil Janene (PP) e Péricles Deliberado­r (PSC), a maioria considerad­os da base do prefeito Marcelo Belinati (PP). Já os favoráveis foram Eduardo Tominaga (DEM), Felipe Prochet (PSD), Filipe Barros (PSL), José Roque Neto (PR), Júnior Santos Rosa (PSD), Pastor Gerson Araújo (PSDB), Roberto Fu (PDT, Tio Douglas (PTB), Valdir de Souza (SD) e Vilson Bittencour­t (PSB). E, ainda, Guilherme Belinati (PP), que desta vez votou para a aprovação. “Pouquíssim­as pessoas haviam me procurado antes e depois que eu votei não na primeira votação o número de mensagens, de forma pacífica, foi grande”, afirmou o pepista.

O presidente da Câmara Aílton Nantes (PP) lembrou que na primeira discussão já havia afirmado que estava votando para “permitir” a apresentaç­ão de alguma emenda. No entanto, o entendimen­to da Procurador­ia Jurídica da Casa foi de que uma emenda poderia ocasionar em inconstitu­cionalidad­e. Questionad­o sobre qual será o seu posicionam­ento na semana que vem, quando o assunto voltar à pauta com o projeto de lei que congela a alíquota do imposto em 0,6%, Nantes disse que o diálogo com o Executivo ainda está aberto.

“Esta Casa vai continuar tentando trabalhar em prol do povo para reduzir esta alíquota, se vamos conseguir não sabemos porque estamos em diálogo com o Executivo”, afirmou.

Já Daniele Ziober disse que, desta vez, decidiu seguir a indicação do partido para o voto contrário, diferentem­ente do final do ano passado, quando contrariou a indicação do PPS e votou favoravelm­ente ao reajuste. “Fizemos a reunião e já tinham fechado questão, eu já fui expulsa pelo mesmo tema no outro partido”, lembrou.

Desta vez quem acabou contrarian­do a indicação do partido foi João Martins. Segundo o presidente do PSL em Londrina, Filipe Barros, a sigla era favorável ao avanço do projeto de iniciativa popular.

Redução de alíquota deve estar aliada a um estudo de impacto financeiro

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Devanir Parra/CML Projeto de iniciativa popular precisava de 13 votos para passar em segunda votação, mas conseguiu 11
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