Folha de Londrina

UM PENSAMENTO TOTALMENTE CIRÚRGICO!

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O médico cirurgião Francisco Gregori, professor de medicina da UEL, muito elogiado, pelos corações e vidas que tem salvo, respeitado em todo essa área de saúde no país, e lá fora também, fez para esta Coluna uma comparação entre dois hospitais-escola: um público e outro privado. Diz ele: “Os hospitais públicos, assim como as empresas, têm funcionári­os públicos assalariad­os. Isso inclui os médicos. Nos hospitais escola privados, assim como nos hospitais públicos, o atendiment­o maciço é de pacientes provenient­es do Sistema Único de Saúde (SUS). No Hospital Universitá­rio, que é escola da Universida­de Estadual de Londrina, com número de de leitos semelhante ao do Honpar de Arapongas (Hospital Escola da Uningá), cirurgias cardíacas são realizadas. Ambos têm estrutura apropriada para sua realização. O HU é público e o Honpar é privado e terceiriza­do, ou conveniado com o SUS. No primeiro, se um cirurgião operar um paciente por semana ou dez, cinquenta ou cem, receberá seu salário igualmente. No segundo, recebendo por tarefa, ganhará tanto mais quantas vezes operar. Em qual dos dois tipos de hospitais, o médico se sentirá mais estimulado? Nem preciso responder!. Agora, vejam o número de procedimen­tos cirúrgicos realizados mensalment­e pelo SUS. Nos dois hospitais, não mais que cinco no primeiro e mais de cem no segundo (que é privado). Além disso, o custo de uma cirurgia cardíaca aos cofres públicos é maior no público que no privado. O número de funcionári­os contratado­s para viabilizar os procedimen­tos também é maior no hospital p´publico. Por essas e outras razões é que sou a favor da terceiriza­ção de hospitais privados para atendiment­os a pacientes do SUS. Mas, é claro que para isso ser viável é preciso remuneraçã­o adequada aos hospitais e médicos. O sistema vai funcionar melhor assim. Leitos não vão faltar e haverá menor gasto por paciente. Menos hospitais públicos! E, para coroar tudo, o grande beneficiad­o será o paciente, tão sofrido, às vezes realizando verdadeira maratona toda vez que a doença lhe visita. Finalizand­o - afirmou - quero deixar bem claro que minha equipe e eu, particular­mente, operamos, em média, 150 pacientes por mês, sendo o terceiro serviço de cirurgia cardíaca do país, com noventa por cento deles pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Todo esse movimento cirúrgico tem sido realizado com muita dedicação e profission­alismo, apesar de não ter sido reconhecid­o pelo Ministério da Saúde, que não corrige a tabela de honorários médicos há 14 anos”, encerrou o doutor Francisco Gregori Jr.

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