FESTA PRESTIGIADA
Desde 1991, o Paraná não tinha tantas equipes jogando a segunda divisão do futebol nacional; clubes chegam em situações diferentes para competição de 2019
Após vencer o Vitória por 3 a 2 na última rodada do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras levantou a taça de campeão neste domingo (2), no Allianz Parque, com a presença do presidente eleito Jair Bolsonaro. Pela primeira vez em sua história, o Alviverde disputará a Copa Libertadores pela quarta vez consecutiva
O estado do Paraná terá o segundo maior número de clubes na série B do ano que vem. Com a queda do Paraná, a ascensão do Operário e as permanências de Londrina e Coritiba, o estado só ficará atrás de São Paulo, que terá seis representantes na edição do Brasileiro de 2019.
Desde 1991, o Paraná não tinha tantas equipes jogando a segunda divisão do futebol nacional. Há 27 anos, o Brasileiro teve a participação de 64 clubes, sendo cinco paranaenses: Coritiba, Paraná, Londrina, Operário e Grêmio Maringá. Naquele ano, o Coxa foi o melhor colocado, terminando em terceiro lugar. Somente o campeão Paysandu e o vice Guarani subiram. O LEC foi o 11º.
Para 2019, os clubes do Paraná chegam em situações diferentes no Brasileiro. Entre todos, o Londrina será o que estará a mais tempo na série B. O Tubarão vai para o seu quarto ano seguido na competição e espera que o desfecho seja diferente das três últimas temporadas, quando o time ficou perto do acesso, mas não conseguiu subir.
Para tentar chegar a elite, o Alviceleste aposta em um planejamento diferente no ano que vem. O técnico Roberto Fonseca e os principais jogadores do elenco vão dis- putar o Paulistão pelo Novorizontino, com a promessa de retornarem no Brasileiro. Já no Paranaense, o clube terá uma equipe jovem e dirigida pelo técnico Alemão, que comandava o time sub-19.
Para tentar deixar para trás a vergonhosa campanha de 2018 - foi apenas o 10º colocado -, o Coritiba terá que se adequar a realidade financeira das demais equipes da série B. Como não subiu no primeiro ano após a queda, o Coxa perdeu a prerrogativa de ter de uma cota de TV diferenciada e verá a sua arrecadação despencar de R$ 35 milhões para R$ 6 milhões. Com o contrato do técnico Argel Fucks renovado, o Alviverde terá que lidar ainda com a crise interna existente entre os grupos políticos no Alto da Glória e que culminou no pedido de impeachment do presidente Samir Namur, rejeitado pelo Conselho Deliberativo. “Nós precisamos e estamos fazendo uma reformulação, já que clube terá um orçamento diferente. Pela grandeza do clube não podemos ficar mais um ano na Série B, mas vamos trabalhar por partes e pensar no Campeonato Paranaense primeiro”, frisou Fucks, ao site oficial do clube.
Com uma das piores campanhas da era dos pontos corridos na série A, o Paraná retorna a série B com o discurso que usou bem os recursos em 2018 para sanear o clube e com a condição para ter um time competitivo no ano que vem em busca de um novo acesso. Diante do rebaixamento inevitável, o Tricolor já iniciou o planejamento para 2019 com a contratação do técnico Dado Cavalcanti antes mesmo do fim do Brasileiro. Acostumado a disputar a série B, o treinador é uma das esperanças do clube da Vila Capanema no próximo ano.
De volta a série B após 28 anos, o Operário aposta na reorganização administrativa do clube para brilhar na segunda divisão, como aconteceu nos títulos da série D (2017) e série C (2018). A equipe de Ponta Grossa manteve a base de jogadores para o ano que vem e promete vir forte desde o Campeonato Paranaense. “É importantíssimo para nós darmos continuidade na base da equipe e também investir nos demais departamentos, que tornam o clube ainda mais forte. Estou muito feliz aqui e vou me empenhar ainda mais e buscar evoluir, porque as competições que vamos enfrentar vão exigir isso”, afirmou o técnico Gerson Gusmão, que vai para o seu quarto ano no comando da equipe dos Campos Gerais.