ABRAHAM SHAPIRO
Aprender com cada fracasso é possível, mas errar tem limite, especialmente quando as consequências são custosas
Aprender com cada fracasso é possível, sim. Mas errar tem limite, especialmente quando as consequências são custosas
Dizem que Thomas Edison fez 700 tentativas de encontrar um filamento adequado para sua invenção da lâmpada elétrica tornar-se comercialmente viável. Outros falam em 1000. O meu bom senso faz-me acreditar que efetivamente tenham sido 100 tentativas, no máximo.
Os palestrantes de motivação comentam que, frente a este cenário, ele teria dito: “Eu não fracassei 100 vezes. Na verdade, não fracassei nenhuma vez. O que fiz foi provar com sucesso que estas 100 alternativas não funcionam. Assim que eu eliminar os filamentos que não funcionam, encontrarei aquele que funciona”.
O mais fantástico efeito deste verbal ocorre sobre quem já errou tanto que está prestes a desistir!
“Continue tentando” - é o que inspira. “Aprenda com os seus erros até fazer certo”.
Ok. É lindo. Mas vamos pensar um pouco. Se Edison tivesse encontrado a solução para a lâmpada na primeira tentativa, será que teria continuado a experimentar outras 99 que não funcionaram? Não é uma pergunta boba.
Cada tentativa custou tempo e dinheiro.
E se fosse você? A sua empresa poderia bancar 100 experiências malsucedidas? E o que dizer de 700? E de 1000?
Aprender com cada fracasso é possível, sim. Mas errar tem limite, especialmente quando as consequências são custosas - como quase sempre.
Inspire-se em Thomas Edison. Mas antes de começar a tentar aleatoriamente: informe-se, estude, aprenda, analise e, depois faça um plano para aproveitar todas as suas habilidades e recursos com inteligência e não dissipá-los a esmo, porque ninguém tem tempo e dinheiro suficientes para aprender por meio de erros tudo o que a vida exige.