Folha de Londrina

Quanto antes se aproximar da pesquisa, melhor

- (R.C.)

Aqueles que decidem orientar sua formação para a carreira acadêmica também devem ter consciênci­a de que também é uma área disputada e que a titulação não garante a inserção - e muito menos uma inserção rápida.

“Muita gente termina o doutorado depois de dez anos e não consegue ser aprovada em concurso ou em vagas de emprego”, conta. Muitos ficam com bolsa de pós-doutorado. É preciso estar preparado para concluir o doutorado por volta dos 30 anos de idade e ainda passar um tempo - a média, hoje, é de 35 anos”, conta Ulisses de Pádua.

Na percepção de Samantha Boehs, têm aumentado os níveis de concorrênc­ia e de exigências quanto a aspectos como a produção acadêmica. “Há um afunilamen­to. Percebemos que os grandes centros já têm menos possibilid­ades de inserção” diz.

Ela conta que costuma orientar os mestrandos e doutorando­s a ter sempre um plano B. “É preciso saber quais são as suas possibilid­ades de inserção”, diz.

Para a professora Silvia Ferreira Meletti, diretora de Pós-Graduação da Pró-Reitoria de Pesquisa e PósGraduaç­ão da UEL, a falta de concurso é o maior risco, tanto nas universida­des públicas quanto privadas. Trata-se, contudo, de uma carreira “sólida”, diz Meletti, “ainda que com exigência elevadíssi­ma de formação”.

A professora diz que a principal orientação para aqueles que pretendem seguir a área acadêmica é se inserir em atividades extracurri­culares, como iniciação científica e grupos de pesquisa.

“Quanto mais se aproximar da pesquisa ao longo da graduação, melhor. Após o término da graduação, a inserção em programas de pós-graduação Stricto Sensu para cursar Mestrado e Doutorado é fundamenta­l. Atualmente, via de regra, o Doutorado é exigência para se inserir na carreira acadêmica”, explica Meletti.

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