Preocupação com segurança marca final da Libertadores em Madri
Após adiamento por violência em Buenos Aires, ações são desenvolvidas para impedir presença de barras bravas
Madri - A Polícia Nacional da Espanha confirmou nesta quinta-feira (6) que deportou de volta para a Argentina, na noite de quarta-feira (5), no Aeroporto Internacional de Barajas, em Madri, o argentino Maxi Mazzaro, um dos líderes de uma ala radical da torcida do Boca Juniors. Considerado perigoso, ele tentava ingressar na capital espanhola para acompanhar o confronto de volta da final da Copa Libertadores, que será realizado no domingo (9), às 17h30 (de Brasília), no estádio Santiago Bernabéu.
“A polícia detectou nesta noite (de quarta-feira), no aeroporto Adolfo Suárez Madrid Barajas, um dos barras bravas mais significativos e perigosos, com numerosos antecedentes. Esta pessoa foi devolvida à Argentina. O futebol não é violência”, informou a Polícia Nacional, por meio de publicação em sua página no Twitter.
O combate aos torcedores violentos se tornou uma prioridade ainda maior depois de o duelo de volta da decisão, que estava marcado para ocorrer no último dia 24 de novembro, no estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, ter sido adiado por causa do ataque dos torcedores do River Plate ao ônibus do Boca Juniors, poucas horas antes da partida.
Depois de seguidos adiamentos, a Conmebol acabou optando por levar a finalíssima da competição continental para Madri, onde torcedores dos dois times vão acompanhar a luta pelo título. O duelo que ocorreria no último dia 24 contaria apenas com seguidores do River Plate, por medida de segurança, assim como somente a torcida do Boca Juniors pôde estar presente no jogo de ida da decisão, no dia 11 de novembro, no estádio de La Bombonera, onde os dois times empataram por 2 a 2.
Como o esquema de segurança falhou nas imediações
do estádio Monumental de Núnez durante a chegada do ônibus do Boca Juniors ao local no último dia 24, o temor pela ocorrência de novos episódios de violência e os riscos de manter a partida em Buenos Aires motivaram a Conmebol a
não realizar este confronto na capital argentina.
Na última terça-feira (4), o Ministério Público Fiscal da Cidade Autônoma de Buenos Aires comunicou a prisão de Matias Sebastian Nicolas Firpo, torcedor do River Plate, pela acusação de ter cometido vários delitos durante os incidentes de ataque ao ônibus do Boca Juniors.
Firpo, de 31 anos, foi detido na sua residência em Lomas del Mirador, cidade localizada na região da Grande Buenos Aires. E enfrentará diversas acusações como dano, pequenas lesões intencionais, impedir a realização de um evento esportivo, ataque a autoridades e formação de quadrilha. A sua identificação foi possível a partir do uso de imagens de redes sociais e também de câmeras de segurança localizadas nas proximidades do estádio do River Plate.
Os jogadores dos dois times pregam calma. “As pessoas são inteligentes, sabem que aqui não se pode atrapalhar muito. Que aconteça tudo em paz, como tem que ser”, disse o experiente Carlos Tévez, do Boca Juniors. “É importante colocar o foco no que vai acontecer no jogo”, insistiu o atacante.
Líder de ala radical da torcida do Boca foi deportado para a Argentina