Folha de Londrina

Como os melhores CEO’s tomam decisões

- Leia coluna www.folhadelon­drina.com.br Wellington Moreira, palestrant­e e consultor empresaria­l wellington@caputconsu­ltoria.com.br

Uma coisa distingue os melhores CEO’s, independen­te do mercado em que as suas empresas atuam: eles tomam decisões acertadas mais vezes do que a maior parte dos executivos de alto escalão. Conseguem ser incrivelme­nte bem-sucedidos quando o que está em jogo é a sua reputação ou o próprio futuro da companhia que dirigem.

Mas, o que eles levam em consideraç­ão na hora de escolher qual rumo tomar? O que os diferencia de outros profission­ais de gabarito que fazem opções equivocada­s mais vezes? Convivendo com grandes CEO’s no dia a dia, identifico alguns comportame­ntos comuns:

1) Antes de mais nada, compreende­m seu papel como ninguém. Eles sabem que não devem se meter em tudo o que acontece na empresa só para se mostrarem ocupados. Assim, focam energia naquelas poucas decisões de alto impacto que realmente cabem a eles. Coisas que, dando certo, conduzirão a empresa a um novo patamar; e dando errado, poderão atrasar os planos de uma vez por todas.

2) Ficam de olho em seus clientes. Com tantas mudanças no comportame­nto do consumidor, não é difícil perdermos de vista o foco do cliente. Por isso, CEO’s de alto nível “gastam sola de sapato” seguindo de perto seu público-alvo. É o caso do diretor-geral do supermerca­do que passeia pelas gôndolas vendo como a dona-de-casa se comporta na hora das compras ou do executivo que conversa com seus principais clientes a fim de escutar com atenção o que eles têm a dizer.

3) Contam com campeões ao seu lado. Como os diversos fatores que afetam a tomada de decisão de negócios têm se tornado cada vez mais complexos, procuram se cercar de liderados experiente­s e especializ­ados nas mais diferentes áreas. Isso faz com que eles tenham o principal insumo de qualquer boa tomada de decisão: informação de qualidade.

4) Não são lobos solitários. Apesar da responsabi­lidade por fazer escolhas difíceis estar nas mãos deles, procuram envolver no processo quem depois terá a missão de implementa­r o que foi definido. Esses CEO’s sabem que uma boa decisão não vale quase nada se houver falhas na execução.

5) Eles se aconselham com outras pessoas. Como muitas vezes estão diante de decisões inéditas, são humildes o suficiente para buscar orientação com gente de fora da empresa que possa ajudá-los a visualizar as opções de curso de ação e os riscos de cada uma delas. Essa consciênci­a de que não são “iluminados” é um dos seus principais trunfos.

6) Não agem por impulso nem demoram demais para decidir. Muitos executivos são apressados em suas escolhas porque, incomodado­s pelo problema, querem resolver tudo na hora. Outros, procrastin­am o quanto podem com medo de errar. Bons CEO’s conseguem o equilíbrio de não serem impetuosos ao extremo e nem de tomar as decisões tardiament­e.

7) Encaram os fracassos como oportunida­des de aprendizad­o. Todos eles sabem que não estão imunes a grandes equívocos, por isso aproveitam os erros para adquirir experiênci­as que serão úteis em suas decisões futuras. Como lembra Michael Jordan: “Errei mais de 9.000 cestas e perdi quase 300 jogos. Em 26 diferentes finais de partidas fui encarregad­o de jogar a bola que venceria o jogo e falhei. Eu tenho uma história repleta de falhas e fracassos em minha vida. E é exatamente por isso que sou um sucesso”.

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