Tribunal de Justiça determina prisão do ex-vereador Orlando Bonilha
O Tribunal de Justiça do Paraná condenou o ex-vereador e ex-presidente da Câmara, Orlando Bonilha, por concussão, que é quando o agente público se aproveita do cargo para obter alguma tipo de vantagem. Esta condenação transitou em julgado, ou seja, à defesa do réu não cabe mais recursos.
O juiz Délcio Miranda da Rocha, da 2ª Vara Criminal de Londrina, determinou o cumprimento da pena, mas, de acordo com o coordenador do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado), Jorge Barreto da Costa, Bonilha ainda não foi encontrado. Ele pode se apresentar a qualquer momento na sede do Gaeco ou mesmo no Creslon (Centro de Reintegração Social de Londrina). “A pena dele é de cinco anos e três meses em regime semi-aberto então a ideia é prendê-lo a apresentá-lo no Creslon para que dê início ao cumprimento da pena”, explica Barreto.
De acordo com o coordenador as buscas começaram nesta terça-feira (18) em todos os endereços que constavam nos autos do processo.
De acordo com o Ministério Público Bonilha exigia parte do salário do então controlador da Câmara, Márcio de Mello Piornedo, que repassava cerca de R$ 2 mil dos R$ 5,8 que recebia mensalmente. Piornedo havia sido nomeado por Bonilha ao cargo e também era réu no mesmo processo. Os repasses aconteceram entre março de 2006 e dezembro de 2007. No ano seguinte, Bonilha teve o mandato cassado na Câmara Municipal de Londrina.
O ex-vereador também já foi condenado à prisão em outro processo por concussão ao lado de outros vereadores daquela legislatura. Na época, ele disse a célebre frase - “não sou a única batata podre” da Câmara. A reportagem da FOLHA não conseguiu contato com o advogado do ex-vereador.