Curitiba Vôlei surpreende na primeira temporada na Superliga
Time feminino apadrinhado por Giba é o terceiro colocado; saudosos dos tempos de Rexona, curitibanos têm lotado as arquibancadas
Uma das novidades em 2018, a campanha do Curitiba Vôlei na Superliga Nacional Feminina surpreende e tem animado o time paranaense a alçar voos maiores na elite do voleibol brasileiro. Após ser campeã da Superliga B - derrotou o Londrina na final -, o Curitiba reformulou seu elenco e, passadas oito rodadas, ocupa a terceira colocação, com 16 pontos - cinco vitórias e três derrotas. “Pode ser uma surpresa para quase todo mundo, mas quem está no dia a dia sabe que quando há planejamento e organização todos têm condições. Somos uma surpresa boa e acredito que isso é bom para o voleibol como um todo”, frisou o técnico Clésio Padro.
Curitiba não tinha um representante na Superliga Feminina desde a transferência para o Rio de Janeiro do Rexona, projeto comandado pelo técnico Bernardinho que conquistou dois títulos da Superliga na capital paranaense entre os anos de 1997 e 2003. O Curitiba Vôlei surgiu em 2017 e tem à frente do trabalho a ex-tenista paranaense Gisele Miró. O londri- nense Giba é o padrinho da equipe.
“Pelo que foi o vôlei de Curitiba no passado, havia uma expectativa muito grande para este retorno. O projeto anterior é, sim, uma referência, mas não um comparativo, já que as realidades são muito diferentes, sobretudo na questão financeira”, lembrou o treinador.
Depois do título da Superliga B, o elenco foi reforçado e somente quatro jogadoras permaneceram para esta temporada. Foram contratadas dez atletas, entre elas a central da seleção argentina Julieta Lazcano. Uma das remanescentes é a experiente central Valeskinha.
“Conseguimos fazer uma boa base física durante a prétemporada e isso tem sido importante. Temos um elenco reduzido, mas todo o grupo está com o entendimento da importância de cada um para que os objetivos sejam atingidos”, frisou Padro.
A Superliga Feminina é disputada por 12 equipes, que jogam em turno e returno e as oito primeiras avançam para os play-offs. A liderança é do Praia Clube (MG), que venceu os sete jogos que disputou e soma 20 pontos. Em seguida aparece o Minas Tênis Clube, com 18 pontos em seis partidas.
“Com exceção dos dois líderes, a competição é muito equilibrada e tende a ser assim até a definição dos classificados. Ainda falta muita coisa e precisamos manter os pés no chão. A nossa meta é sempre se manter na Superliga e depois ir buscando outros objetivos dentro da competição”, ressaltou Clésio Padro.
O Curitiba Vôlei volta à quadra na sexta-feira (21), para enfrentar o Barueri fora de casa, às 19h30. Após esta rodada, a competição entra em recesso para as festas de fim de ano e o próximo jogo em Curitiba será no dia 8 de janeiro. “O respaldo do torcedor tem sido ótimo. Curitiba não tinha nenhuma modalidade em ligas nacionais e faltava esta alternativa, já que o curitibano gosta muito de vo- leibol. Temos jogado com o ginásio lotado e esta energia positiva tem sido fundamental nas nossas vitórias”, concluiu o técnico.